Pisa 0-2 Juventus
Tendo vencido anteriormente apenas quatro vezes em terrenos adversos em todas as competições, a Juventus não partiu para a deslocação a Pisa com grande reputação fora de casa. Andrea Cambiaso deu o tom para o domínio estéril dos bianconeri logo no primeiro minuto, ao atirar a bola por cima da barra, antes de Weston McKennie não conseguir bater Adrian Šemper a partir de um ângulo apertado. Kenan Yıldız teve depois a sua primeira oportunidade, mas o remate saiu ligeiramente por cima da trave, seguindo-se uma tentativa de Loïs Openda directamente à figura de Šemper.
Apesar de se esperar que dessem sequência ao triunfo por 1-0 em Bolonha, alcançado quase há duas semanas, os homens de Turim voltaram a falhar na criação de ocasiões claras nos últimos 20 minutos da primeira parte. Do outro lado, o Pisa raramente deu sinais de poder aumentar o seu escasso registo de apenas um golo marcado em casa em toda a época. Ainda assim, esteve muito perto de marcar no último minuto antes do intervalo, quando um canto curto encontrou Michel Aebischer, cujo cruzamento foi violentamente devolvido pela trave, após desvio de Stefano Moreo.
A regressar dos balneários com nova confiança, os nerazzurri criaram a primeira ocasião da segunda parte, quando foi necessário um desvio para fazer passar o livre potente de Samuele Angori rente ao poste. Os visitantes pareciam recuperar o controlo do encontro quando Manuel Locatelli disparou à figura de Šemper, mas o Pisa voltou a acertar no ferro à passagem da hora de jogo, com Matteo Tramoni a corresponder de cabeça a um cruzamento e a desviar a bola para o exterior do poste.
Mal o poste defendido por Michele Di Gregorio deixou de tremer, Lloyd Kelly encontrou espaço na área do Pisa e disparou um remate forte contra a estrutura da baliza da equipa da casa. Mas se um defesa da Juve esteve perto do golo, outro acabou por desbloquear o marcador aos 74 minutos. Uma jogada trabalhada pela direita, envolvendo Edon Zhegrova e Cambiaso, abriu a defesa do Pisa, antes de Arturo Calabresi apenas conseguir desviar o cruzamento rasteiro de McKennie contra Pierre Kalulu, fazendo a bola seguir na direção da baliza, com o toque final do jogador do Pisa a empurrá-la para dentro.
Os bianconeri resistiram à pressão final e, já nos descontos, Jonathan David isolou-se e combinou com Fabio Miretti para assistir Yıldız, que fechou o marcador e confirmou a oitava vitória em 12 jogos sob o comando de Luciano Spalletti. Este primeiro confronto directo do século XXI viu ainda o Pisa prolongar para nove jogos a sua série de derrotas frente à Juventus.
Udinese 1-1 Lazio
Depois de perder cinco dos oito jogos em todas as competições desde o início de novembro, os anfitriões tiveram sorte de não sair atrás no marcador, quando Tijjani Noslin rematou de longa distância, mas a bola passou a rasar o poste. A Udinese foi crescendo na partida aos poucos e desperdiçaou algumas boas oportunidades antes dos 30 minutos, com Jakub Piotrowski a enviar um ressalto por cima da barra e Nicolò Zaniolo a ter um remate de fora da área defendido por Ivan Provedel.
Determinada a retomar a luta por um lugar entre os seis primeiros, a Udinese manteve a pressão, com Nicolò Bertola a desperdiçar algumas oportunidades dentro da área. Jurgen Ekkelenkamp voltou a ameaçar com um cabeceamento à queima-roupa que passou ao lado do poste, antes de, no outro extremo do terreno, Noslin ter visto uma tentativa individual frustrada por uma sólida defesa.
Tendo mantido mais jogos sem sofrer golos do que qualquer outra equipa na Serie A esta época (nove), a Lazio tentou aumentar a pressão no início da segunda parte. No entanto, as oportunidades claras foram escassas, com Matteo Cancellieri e Matías Vecino a rematar ao lado em duas tentativas sem grande convicção. O jogo truncado continuou nos últimos 20 minutos, com o VAR a decidir que um toque de mão de Mario Gila dentro da área não foi suficiente para conceder um penálti aos anfitriões.
Sem se abalar, a Udinese procurou o golo da vitória nos minutos finais, com Davis, Piotrowski e Zaniolo a falharem oportunidades em rápida sucessão. Estes erros revelaram-se caros, com a Lazio a inaugurar o marcador aos 80 minutos, quando o remate de 25 jardas de Vecino desviou em Oumar Solet e passou por cima de um indefeso Daniele Padelli, confirmando o primeiro golo do uruguaio na temporada.
Os bianconeri tentaram reagir nos minutos finais e foram devidamente recompensados no último minuto dos descontos, quando Davis acertou um pontapé sublime no canto inferior, para garantir um ponto dramático no último minuto.
Lecce 0-3 Como
O encontro começou de forma morna, quase surreal, com uma calma que dominou o primeiro quarto de hora, mas que rapidamente explodiu e viu os visitantes a assumir o controlo. Lecce e Como apresentam-se no relvado sem arriscar de início, entre passes falhados, erros na construção e uma sensação de incerteza que acompanhou o jogo. Os primeiros 18 minutos foram marcados por dificuldades gerais em encontrar ritmo e precisão.
No entanto, os larianos começaram a assumir o controlo do jogo. A equipa de Fàbregas (suspenso e na bancada) passou a dominar a posse de bola, atingindo uns impressionantes 69% de posse nos minutos iniciais, um dado que não deixou dúvidas: o Lecce teve dificuldades em reagir e o Como começou a comandar a partida.
E ao minuto 20 surgiu o primeiro verdadeiro momento de viragem. Nico Paz libertou-se com um movimento de braço de Ramadani e rematou de fora da área, procurando um tiro que parecia inofensivo. Mas a trajetória traiçoeira da bola, desviada por Tiago Gabriel, enganou Falcone, e o guarda-redes do Lecce nada pode fazer.
A resposta do Lecce não demorou, mas foi igualmente rápida a decisão do árbitro: aos 21 minutos, Sottil viu o amarelo por protestos, enquanto aos 24 foi a vez de Di Francesco, que, furioso com o contacto durante o golo de Paz, recebeu o vermelho. O seu protesto, embora aceso, não alterou a decisão do VAR.
Apesar da vantagem, o Como não abrandou e continuou a criar perigo. Aos 38 minutos, Douvikas tentou uma meia bicicleta bem executada, mas Falcone afastou o perigo com uma intervenção providencial. O guarda-redes dos giallorossi voltou a destacar-se aos 42', quando Moreno rematou à queima-roupa: o tiro pareceu destinado à baliza, mas o número 30 salentino opôs-se e manteve o Lecce no jogo.
O segundo tempo começou e o Lecce procurou de imediato o empate, motivado pelo desejo de dar a volta ao resultado. Mas os defesas do Como estavam bem organizados e resistiram aos ataques adversários, anulando todas as oportunidades. Apesar do bom arranque, os anfitriões não conseguiram encontrar o golpe decisivo, e aos 66 minutos o Como castigou o Lecce no melhor momento dos adversários. Uma jogada confusa na área do Lecce resultou no golo de Jacobo Ramon. A bola dançou à frente de Falcone, que não conseguiu intervir, e Ramon, com um toque simples mas decisivo, fez o 0-2.
Aos 75 minutos, a formação lombarda mostrou-se implacável e assinou o 0-3. Paz ofereceu um passe perfeito a Douvikas, que com classe bateu Falcone, fechando praticamente o encontro. Uma vitória esmagadora, num jogo que o Lecce tentou recuperar, mas que se transformou num autêntico pesadelo. O Como, com uma exibição irrepreensível, soma três pontos que o colocam provisoriamente no sexto lugar da tabela.
Parma 1-0 Fiorentina
Esperava-se um início morno das duas piores equipas desta temporada e foram os anfitriões que criaram a primeira oportunidade clara, mas só perto dos 40 minutos. Mateo Pellegrino nãõ conseguiu finalizar um cruzamento, a bola sobrou para o seu colega Jacob Ondrejka, que rematou rente ao poste, naquela que foi a melhor oportunidade da primeira parte.
Apesar da primeira metade lenta, a equipa da casa assumiu a iniciativa e abriu o marcador em menos de 10 minutos após o reatamento. Um remate mal executado de Pellegrino criou uma grande oportunidade para Oliver Sorensen, que marcou o seu primeiro golo da época e deu à sua equipa uma preciosa vantagem.
Nos esforços para voltar ao jogo, a Fiorentina quase marcou aos 69 minutos, quando Moise Kean fez uma grande jogada individual, mas a finalização saiu-lhe mal. Outra ocasião surgiu poucos minutos depois, quando Niccolo Fortini não conseguiu acertar no alvo. Com algumas tentativas menores do Parma a manter a pressão, foi a Fiorentina a desperdiçar uma oportunidade de ouro.
O cruzamento de Albert Gudmundsson foi bom o suficiente para Roberto Piccoli, que falhou o alvo em boa posição. O próprio Gudmundsson testou Edoardo Corvi com um remate de longa distância no final da partida, mas a equipa de Paolo Vanoli viria mesmo a sofrer mais um resultado desapontante.
Embora ainda estejam longe de garantir a permanência, o Parma sairá com muita confiança da terceira vitória em cinco jogos do campeonato. Quanto à Fiorentina, um jogo contra o Cremonese no Ano Novo pode colocá-la a um ponto da zona de segurança, mas o tempo está a esgotar-se para os finalistas de duas edições da Liga Conferência numa temporada repleta de crises.
