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O Derby d'Italia entre a Juventus e o Inter nunca é um jogo simples por mil razões relacionadas com a história das duas equipas e a longa rivalidade, com tantos episódios fora de campo, mas o jogo de sábado no Estádio Allianz é suscetível de desempenhar um papel crucial para as duas equipas no campeonato.
Inter com duas caras
O Inter, que começa como um dos dois favoritos à conquista do campeonato juntamente com o Nápoles, deve de facto compensar o passo em falso no jogo em casa perdido para a Udinese, depois de ter impressionado com a manita contra o Torino no primeiro jogo do campeonato. Uma queda inesperada que levanta questões, graças à mudança de orientação técnica em relação à época passada, com Cristian Chivu a substituir Simone Inzaghi.
Estávamos a falar da importância crucial. Com mais uma derrota, o Inter ficaria a 6 pontos da liderança do campeonato após três jogos e, embora haja muito tempo para recuperar, seria um mau começo para o próprio Chivu. As nuvens que já pairavam sobre a sua escolha para o banco de suplentes começariam a adensar-se.
A Juve na onda do entusiasmo
A situação da Juventus é oposta, com Igor Tudor que conseguiu criar um grupo unido, depois dos problemas do ano passado com Thiago Motta. Um grupo que está a dar respostas em campo: duas vitórias, três golos marcados e zero sofridos contra o Parma e o Génova permitem à Velha Senhora observar o rival lá de cima. O treinador croata, contra os Nerazzurri, vai procurar a confirmação da força da sua equipa, depois dos compromissos relativamente mais fáceis dos jogos anteriores.
Um triunfo no Alliaz daria entusiasmo a todo o ambiente, que está mais otimista este ano depois de uma boa pré-época e de duas vitórias. Para melhorar o ambiente também os últimos dias do mercado, com as chegadas de Lois Openda e Edon Zhegrova, sendo que o primeiro estará no jogo - provavelmente a partir do banco - enquanto o segundo, regressado da operação à pubalgia, ainda está a recuperar.
As opções de ataque à disposição de Igor Tudor são muitas, mas este terá de colmatar a ausência de Francisco Conceição, que saiu lesionado da pausa da seleção nacional.
Os nós a serem resolvidos pelos treinadores
Se o Inter estiver em plena forma e Chivu puder escolher a escalação ideal entre todos os homens à sua disposição, a Juventus estará desfalcada de seis nomes, com uma série de ausências importantes e menores: Cambiaso, que está suspenso, não estará na partida, além dos indisponíveis Cabal, Milik, Conceição Miretti e Zhegrova.
É precisamente a ala esquerda que é o primeiro problema a resolver para Tudor, que contra o Génova colocou João Mário, mas fora de posição como ala direito. Desta vez, poderá ser a vez do polivalente McKennie, que não se arrisca contra o Dumfries.
Intocável na defesa, o KGB é composto por Kelly, Gatti e Bremer, enquanto Kalulu deverá ser confirmado como defesa direito. À frente da dupla de meio-campo Locatelli-Thuram, com Yildiz, Koopmeiners poderá atuar como trequartista no lugar de Conceição, atrás de Jonathan David como avançado. É difícil para Tudor decidir começar com Openda ao lado de David, mas pode ser uma solução com o decorrer do jogo, assim como a entrada de Vlahovic, o melhor marcador até agora.
Chivu, à procura de certezas, poderá em vez disso confiar na velha guarda, voltando assim a propor Mikhytarian e Calhanoglu no meio-campo. O jovem Petar Sučić, de 21 anos, de facto, foi apreciado na vitória por 5-0 em Torino, muito menos contra a Udinese. A única novidade deve ser Manuel Akanji na lateral direita, que também é útil na posse de bola, pois sua precisão de passe pode favorecer os ataques de Dumfries.
No ataque, não deverá haver novidades, com Lautaro Martinez e Marcus Thuram no ataque, ambos regressados das selecções nacionais. O argentino descansou meio dia após a longa viagem do Equador, mas já deu a Chivu total disponibilidade.