Juventus 0-0 Torino

Mais um 0-0, o terceiro, este sábado, na Serie A. Apesar do controlo total do jogo e de numerosas oportunidades, a Juventus não conseguiu quebrar o impasse: o Torino, sólido, arrumado e brilhante por vezes no ataque, repeliu todas as ofensivas bianconeri e levou para casa um empate merecido.
75% de posse de bola para os Bianconeri
A Juventus começou a primeira parte de forma decisiva, com uma pressão agressiva e geometrias de jogo precisas, mas o Torino, arrumado e compacto, não se deixou surpreender e tentou atacar em contra-ataque sempre que teve oportunidade.
Os Bianconeri marcaram presença na metade do campo adversário logo nos primeiros minutos: Locatelli tentou surpreender Paleari de fora da área, mas a defesa Granata desviou para canto. Pouco depois, Thuram e McKennie animaram o ataque da Juventus; o americano, apesar de uma entrada prometedora, foi travado pela defesa e pela saída rasteira do guarda-redes granata.
O Torino só respondeu numa ocasião: Ngonge encontrou Simeone na área, mas o argentino falhou o momento certo e permitiu que Di Gregorio bloqueasse a bola. Foi a única oportunidade real para os Granata, que continuaram com um centro de gravidade baixo e raramente incomodaram a retaguarda adversária. A Juventus, por sua vez, continuava a dominar, com 75% de posse de bola, mas tinha dificuldades para penetrar no jogo.
O final da primeira parte foi marcado pelas emoções mais fortes. Francisco Conceição, livre na direita, disparou um remate rasteiro de pé esquerdo: Paleari superou a sorte e salvou a baliza do Granada com uma intervenção aplaudida. Pouco antes, Vlahovic tinha estado perto de marcar, graças a um passe perfeito do próprio Francisco Conceição, mas Maripán, com sentido de oportunidade e precisão, neutralizou o perigo.
Reação Granata
O Torino de Baroni (castigado e na bancada) estava sólido na defesa, mas pouco incisivo no ataque, mas abriu a segunda parte com uma série de alterações bem planeadas: saiu o impreciso Ngonge e entrou Che Adams para dar mais peso ofensivo, enquanto Asllani entrou para o lugar de Ilic para dar geometria e velocidade à manobra do Granada.
As mudanças pareciam dar frutos de imediato. No primeiro lance de relevo, porém, foi Simeone quem deixou a sua marca: aproveitando um descuido do recém-chegado Gatti na zona dos três quartos, o argentino foi lançado no recomeço e acertou na baliza. No entanto, a alegria do Torino durou pouco: a ação foi anulada por fora de jogo, com o árbitro assistente a interromper a celebração.
No entanto, o Torino estava mais pró-ativo do que na primeira parte, e a precisão da Juventus diminuiu, com dois passes errados de Francisco Conceição a abrirem espaço para os visitantes.
Simeone voltou a tentar o cabeceamento, antecipando-se a Gatti, mas a bola central não incomodou Di Gregorio. Pouco depois, Adams estava na área e rematou com certeza, mas encontrou a intervenção milagrosa do guarda-redes bianconeri, que esticou-se e salvou literalmente o resultado, mantendo a baliza da Juve intocada.
Os sinais preocupantes para a Juventus levaram Spalletti a fazer duas alterações aos 64 minutos: saíram Francisco Conceição e Vlahovic, entraram Zhegrova e David, com o objetivo de dar novo fôlego ofensivo e redescobrir a precisão na manobra. E as alterações deram um impulso imediato: a equipa avançou rapidamente e pressionou o Torino. Primeiro, Yildiz cruzou para David, que foi travado por Paleari no último momento, depois McKennie fez um cabeceamento certeiro, novamente defendido pelo guarda-redes granata.
Apesar do último forcing bianconeri, com o talento turco a entrar talvez um pouco tarde demais, o jogo terminou 0-0: um empate que premiou a solidez defensiva do Torino mas deixou algumas mágoas na Juventus, que dominou a posse de bola e criou as ocasiões mais claras sem conseguir desbloquear o resultado.

