Serie A: Hojlund e Nápoles imparáveis (0-2), Nkunku e Pulisic carregam AC Milan (3-0)

Atualizado
Hojlund está numa grande forma
Hojlund está numa grande formaMARCO M. MANTOVANI / GETTY IMAGES EUROPE / GETTY IMAGES VIA AFP

O Nápoles continua em grande depois da conquista da Supertaça de Itália e voltou ao campeonato com um triunfo por 0-2 sobre a Cremonese, com um bis de Hojlund que devolve o campeão à liderança. Horas antes, o AC Milan tinha ocupado o primeiro lugar com um triunfo por 3-0 sobre o Hellas Verona, na 17.ª jornada da Serie A.

Cremonese 0-2 Nápoles

Depois do deslize em Údine, os azzurri apresentam-se no Zini com a confiança de quem acabou de erguer um troféu e transformam o entusiasmo da Supertaça numa vitória clara, nunca verdadeiramente posta em causa. Desde o apito inicial, a equipa de Conte dominou o jogo.

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A vantagem dos azzurri surge aos 13 minutos, com o ponta-de-lança dinamarquês Ramus Hojlund, bem colocado na área, a aproveitar um ressalto após remate de Spinazzola, desviado pela defesa, e a bater Audero à queima-roupa. Um golo que desbloqueou o encontro, mas que não satisfez as ambições do Nápoles, que continuou a pressionar sem dar espaço aos grigiorossi.

Aos 45 minutos, chegou o segundo: Politano cruzou com precisão, a bola sofreu um desvio de McTominay e sobra para Hojlund, completamente isolado. O número 19, novamente à boca da baliza, assina o seu segundo golo e fechou a primeira parte com o 2-0. Mais uma vez, a defesa da Cremonese foi surpreendida pelo físico e pela frieza do avançado.

A Cremonese, apesar de organizada e compacta, não conseguia ser incisiva nas saídas rápidas. Na segunda parte, a equipa de Conte mantém a mesma garra e lucidez que mostrou nos primeiros 45 minutos. O pressing ofensivo dos anfitriões existiu, mas era constante e previsível, enquanto os azzurri mostraram-se perfeitamente organizados a fechar espaços e a sair em velocidade. Aos 55 minutos, Sanabria tenta ganhar espaço na área, mas é travado por Milinkovic-Savic, que salva tudo com uma intervenção rápida e decisiva. 

O jogo encaminhava-se para o fim, mas Hojlund, figura maior do encontro, não abrandou. Aos 50 minutos, após uma grande saída rápida, o avançado dinamarquês voltou a assustar Audero com um remate que sai ligeiramente ao lado. Vinte minutos depois, o ex-Atalanta e Manchester United voltou a ameaçar com um remate de pé esquerdo, obrigando novamente o guarda-redes adversário a aplicar-se.

A vitória certifica o grande momento de Hojlund, figura maior, e de um Nápoles que voltou a impor-se. Depois da derrota por 1-0 em Údine e das sete derrotas nas últimas nove deslocações, os azzurri reencontram o sorriso e uma importante solidez fora de casa.

AC Milan 3-0 Hellas Verona

Era preciso uma resposta, mais ainda do que uma vitória. Depois do desaire na Supertaça e da sensação de tarefa inacabada deixada pelo empate caseiro frente ao Sassuolo, o Milan voltou a San Siro com o peso das expectativas e a urgência de não perder terreno na luta pelo topo.

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A crónica da primeira parte desenrola-se de acordo com um guião previsível, com o Milan a circular a bola no meio-campo sem conseguir encontrar os espaços certos para ferir. O Hellas Verona respondeu com uma retaguarda atenta e uma pressão constante que sufoca cada tentativa dos rossoneri. A intensidade não faltava, mas o equilíbrio imperava.

O jogo custava a arrancar e, enquanto o Milan tentava construir, faltava a velocidade necessária para romper. O ataque não encontra soluções, enquanto o Verona, eficaz a baixar o ritmo, limitou-se a defender sem nunca ameaçar verdadeiramente. Loftus-Cheek rematou de fora, mas um bloqueio desviou para canto e o duelo perdeu-se num beco sem saída de táticas e construções lentas.

No entanto, quando tudo parecia encaminhar-se para um final sem emoções, surgiu o inesperado. Aos 45+1 minutos, um canto de Luka Modric mudou tudo. O croata, com um cruzamento preciso da direita, encontra Adrien Rabiot, que de cabeça desvia a bola para Pulisic encostar ao segundo poste.

Embalado pela vantagem, o AC Milan entrou na segunda parte com outra atitude. A confiança aumentou, e o Verona, embora nunca tenha desistido, viu-se obrigado a suportar a pressão crescente. Não passam sequer dois minutos do recomeço até oferecer o segundo golo ao Milan: Nelsson, na área, comete um erro ao agarrar ostensivamente Nkunku. O árbitro não hesita: penálti para os anfitriões. O francês assumiu a marcação com determinação e apontou o primeiro golo na Serie A. A celebração com o balão diz tudo: um gesto que alivia um peso considerável, fazendo explodir de alegria os adeptos de San Siro.

O Milan estava lançado. Poucos minutos depois do penálti, Modric, inspirado como sempre, ganhou espaço à entrada da área e, com o pé esquerdo, tenta o remate ao primeiro poste. Montipò ainda desviou para o ferro, mas a bola permanece em jogo e fica a saltar mesmo sobre a linha de golo. Nkunku, sem hesitar, atira-se à bola solta e, com um remate forte, faz o 3-0. Foi o golpe final.

O AC Milan ainda esteve perto de dilatar o marcador por várias ocasiões até ao apito final, mas Montipò foi resolvendo os problemas. Desta forma, a turma de Allegri encerrou 2025 com uma vitória clara e convicente, confirmando-se como candidato. O Verona, por sua vez, pagou caro a fragilidade defensiva e mantém-se antepenúltimo. A manutenção continua a ser um objetivo distante e difícil.