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Theo Hernandez deixa AC Milan com uma última crítica aos dirigentes

Theo Hernandez na última final da Taça de Itália
Theo Hernandez na última final da Taça de ItáliaISABELLA BONOTTO/AFP
O internacional francês Théo Hernandez, que se transferiu esta quinta-feira para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, despediu-se dos adeptos do AC Milan numa mensagem em que criticou os atuais dirigentes do clube italiano.

"Depois de seis anos no clube, chegou a hora de dizer adeus (...) Vou-me embora depois de viver momentos inesquecíveis como o título da liga (em 2022) e a vitória na Supertaça de Itália" em 2025, escreveu nas suas redes sociais na noite de quinta-feira.

"A decisão de sair não foi fácil de tomar, sempre soube onde queria estar e o Milan sempre foi a minha prioridade, mas infelizmente nem sempre depende de nós", continuou o lateral-esquerdo.

"O rumo que o clube tomou e algumas das suas decisões recentes não respeitam os valores que me levaram a juntar-me a ele", lamentou, legendando fotografias que o mostram com o antigo diretor técnico Paolo Maldini, despedido em 2023, o único dirigente a quem agradeceu "pela sua visão e liderança".

Hernandez, de 27 anos, chegou à Lombardia em 2019 e fez 262 jogos (34 golos) em todas as competições pelo emblema rossonero. Conquistou o título da liga italiana em 2022 e tornou-se internacional francês graças às exibições Serie A. Mas vem de uma temporada 2024/25 particularmente dececionante, durante a qual foi até relegado para o banco de suplentes.

Controlado desde 2022 pela RedBird, o AC Milan, 8.º classificado da última edição da Serie A, teve desde então quatro treinadores diferentes, Stefano Pioli, Paulo Fonseca, Sergio Conceição e, mais recentemente, Massimiliano Allegri.

Os tifosi do clube estão muito zangados com o proprietário norte-americano Gerry Cardinale e o conselheiro especial Zlatan Ibrahimovic, porque acreditam que o seu papel e as suas decisões são em grande parte responsáveis pelas desilusões da equipa.