Papu Gómez sofreu um golpe um ano após o triunfo no Mundial-2022, com a Argentina, quando foi suspenso por dois anos pelo uso da substância terbutalina. Agora, algum tempo depois, o jogador faz uma retrospetiva desses momentos difíceis.
"Sim, fiquei muito perturbado, muito zangado. No início, tive dificuldade em ver futebol, desliguei a televisão. Para mim, o futebol estava morto. Isolei-me e comecei a trabalhar com um psicólogo porque era um ciclo do qual não conseguia sair", contou durante o programa de YouTube De Visitante, de Julián Polo.
Nessa experiência, o argentino descobriu com quem podia realmente contar.
"Fiquei surpreendido com muitas pessoas que desapareceram. Não os culpo porque cada um faz o que pode e reage a certas coisas como pode, e também fui surpreendido por pessoas para melhor", acrescentou.
Por outro lado, o jogador de Buenos Aires admite que o orgulho teve um papel decisivo na vontade de viver um último grande capítulo em campo.
"Não sei se devo chamar-lhe vingança, mas o fogo que diz: porque é que tenho de me retirar do futebol desta forma se não quero? Além disso, não é a minha altura. Porque é que duas ou três pessoas de fato, atrás de um escritório, que nunca praticaram um desporto, devem decidir isso? O facto é que quero reformar-me quando quiser, no campo. E também para ser um exemplo para os meus filhos e para muitos rapazes e pessoas que talvez estejam a passar pelo meu momento", explicou.
Papu Gómez também não poupou críticas às políticas antidopagem: "Se usares cocaína, se fumares um charro, apanhas seis meses. Eu apanhei dois anos por tomar um xarope para a tosse para o meu filho, quem é que mete isso na cabeça?"