As crianças, Tala, de 12 anos, e Mohamed, de nove, vão juntar-se ao presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, no pódio, quando os jogadores receberem as medalhas após o jogo.
A iniciativa surge poucos dias depois de Mohamed Salah, avançado do Liverpool, ter questionado a organização pela vaga homenagem prestada ao falecido Suleiman al-Obeid, também conhecido como o "Pelé palestiniano", que foi morto em Gaza enquanto esperava por ajuda.
O egípcio perguntou: "Podem dizer-nos como é que ele morreu, em que local e porquê?", após o tweet da conta oficial da UEFA, tendo em conta a atual ocupação de Gaza por Israel, na sequência dos ataques de 7 de outubro de 2023 do Hamas, que causaram a morte de mais de 150 israelitas. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 60.000 palestinianos foram mortos.
Num comunicado, a UEFA afirmou antes do jogo desta noite: "Tala, de 12 anos, é uma jovem palestiniana com uma saúde frágil que foi transferida para Milão para receber cuidados médicos adequados, uma vez que faltava equipamento adequado em Gaza após o início da guerra".
"Tala será acompanhada no pódio por Mohamed, de nove anos, que perdeu os pais durante a guerra e ficou gravemente ferido na sequência de um ataque aéreo".
"Devido à gravidade do seu estado e à sua tenra idade, Mohamed e a sua avó tiveram a sorte de deixar Gaza e foram acolhidos em Milão, onde Mohamed está atualmente a receber tratamento médico".
Além disso, nove crianças refugiadas do Afeganistão, Iraque, Nigéria, Palestina e Ucrânia exibirão uma faixa durante a cerimónia de abertura do jogo com os dizeres: "PAREM DE MATAR CRIANÇAS - PAREM DE MATAR CIVIS".
As nove crianças são beneficiárias de um dos parceiros oficiais da Fundação da UEFA para a Infância, a Inter Campus, uma fundação ativa, entre outras áreas, na integração social entre diferentes grupos étnicos e culturas.