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Supertaça Saudita: Ronaldo e companhia procuram a glória pelas mãos de Jesus

Jorge Jesus, treinador do Al Nassr, cumprimenta Cristiano Ronaldo
Jorge Jesus, treinador do Al Nassr, cumprimenta Cristiano RonaldoWUN SUEN / AFP

Aos 40 anos, Cristiano Ronaldo ainda vive grandes dias e pode ficar nervoso antes de jogos decisivos. Apesar do currículo recheado de conquistas coletivas e individuais, a lenda CR7 ainda procura atingir a glória em solo saudita e, por isso, encara a partida frente ao Al Ahli (sábado, às 13:00 de Lisboa) como uma das mais importantes dos anos mais recentes da carreira.

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Quando o currículo conta com cinco Ligas dos Campeões, um Europeu, duas Ligas das Nações, três Premier League, duas LaLiga, duas Série A, tantos outros troféus e ainda uma série quase incontável de distinções individuais, onde se destacam as quatro Bolas de Ouro, parece exagerado dizer que um Al Nassr - Al Alhi, a contar para a Supertaça da Arábia Saudita, é um dos jogos mais importantes da carreira de Cristiano Ronaldo. Mas quando a vontade de ganhar é tanta, é mesmo esse o sentimento.

Aos 40 anos, Cristiano Ronaldo ainda é uma máquina a vários níveis: de fazer golos, de marketing e de influência global, mas não tem sido uma máquina de conquistar títulos na Arábia Saudita.

Desde que chegou ao Al Nassr, a lenda portuguesa ainda procura um troféu relevante que dê um impacto ainda maior à sua mudança para a Arábia Saudita, embora a sua decisão tenha alterado para sempre o futebol nessa região e impactado o mercado global.

Os últimos confrontos
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Quando chegou, venceu a Taça da União das Associações de Futebol Árabe, uma prova entretanto extinta e que não é mais do que um torneio regional. Foi bom para entrar com o pé direito, mas não é vista por Ronaldo (nem pelo mundo do futebol) como uma prova do seu impacto no futebol saudita. Uma espécie de troféu amigável, se quiser.

Guiado pela mão com Jesus eu vou

Depois de duas épocas e meia no Al Nassr, Ronaldo não venceu o campeonato ou a Liga dos Campeões asiática, ao contrário do adversário deste sábado, mas Jorge Jesus chegou "para ajudar" o português a vencer troféus.

As palavras do carismático técnico português reacenderam a chama do Al Nassr, que já reforçou o seu plantel com as contratações de João Félix, Kingsley Coman e Iñigo Martínez. Com a ambição de vencer tudo esta temporada, os reforços não terão ficado por aqui.

A vitória (2-1) sobre o Al Ittihad, atual campeão saudita, na meia-final, dá ainda mais confiança à equipa de Jorge Jesus. A jogar mais de uma hora reduzido a 10, o Al Nassr conseguiu o bilhete para o jogo decisivo com um golo de João Félix, a passe de Cristiano Ronaldo. Uma dupla que Jorge Jesus procura afinar.

Se Cristiano Ronaldo ambiciona o tão desejado troféu em solo saudita, João Félix acabou de chegar depois de mais um verão atribulado. A nega ao Benfica fez com que o jogador de 25 anos fosse visto como alguém que desistiu da carreira à procura dos milhões árabes, mas ao lado de Ronaldo e Jesus, duas personalidades ambiciosas e exigentes, talvez a ida para o Al Nassr acabe por ser a melhor decisão de Félix nos últimos anos. 

Os números de João Félix
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Prova de fogo

Entre Ronaldo e a glória está, nada mais, nada menos, do que o campeão asiático. O Al Ahli viu sair o brasileiro Roberto Firmino, mas está recheado de estrelas e não perdeu o ritmo da época passada, tendo conseguido o bilhete para a final com uma goleada clara (1-5) sobre o Al-Qadisiyah.

Na teoria, o plantel do vencedor da Liga dos Campeões asiático é melhor do que o do Al Nassr - Mendy, Roger Ibañez, Kessié, Enzo Millot, Galeno, Mahrez e Ivan Toney são jogadores de topo -, mas do outro lado não é só Jesus que faz milagres. Será que Ronaldo alcançará, finalmente, a tão esperada consagração em solo saudita?

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