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O espírito festivo tem estado em alta no seio dos Gunners, que continuam a lutar por troféus em quatro frentes. A Taça da Liga estaria, provavelmente, perto do fundo da lista de prioridades de Mikel Arteta, mas isso não foi evidente pelo início avassalador da sua equipa. O guarda-redes do Palace, Walter Benítez, foi chamado à ação por duas vezes, primeiro para negar um golo a Noni Madueke, antes de realizar uma defesa soberba a um cabeceamento de Gabriel Jesus que parecia destinado ao canto inferior da baliza.
Parecia apenas uma questão de tempo até o Arsenal desbloquear o marcador, mas Benítez fazia tudo ao seu alcance para manter o nulo, ao voltar a negar um remate de Madueke com mais uma grande defesa. Gabriel Martinelli era uma ameaça constante pelo flanco esquerdo e encontrou Jurriën Timber, que, de forma agonizante, cabeceou por cima da barra após o cruzamento do brasileiro. Ainda assim, a equipa de Oliver Glasner conseguiu manter a baliza a zeros à entrada para o intervalo.
Depois de resistir à tempestade da primeira parte, o Palace regressou do balneário com energia renovada. Adam Wharton atirou de longe ligeiramente ao lado e a equipa de Glasner começava a criar perigo pela primeira vez no encontro. Arteta respondeu mexendo na equipa, lançando Bukayo Saka e Martin Ødegaard a partir do banco, sendo que um cruzamento do norueguês foi cabeceado para fora por Gabriel Jesus. Não houve, porém, uma pressão intensa na segunda parte, e o Palace continuou a mostrar-se bastante mais confortável.
A solidez defensiva dos visitantes parecia prestes a ser posta à prova após a saída forçada do lesionado Chris Richards, antes de o Arsenal finalmente chegar ao golo aos 81 minutos, na sequência de uma bola parada. O lance foi particularmente cruel do ponto de vista do Palace, que não conseguiu aliviar o perigo, com Maxence Lacroix a desviar a bola para a própria baliza no mais trapalhão dos autogolos.
O 1-0 aconteceu momentos depois de Will Hughes ter estado perto de dar uma vantagem surpreendente aos Eagles, com um desvio ao primeiro poste, agravando a frustração da equipa de Glasner. Tudo indicava que o Arsenal tinha feito o suficiente para garantir a vitória, até que Marc Guéhi, de forma dramática, rematou para o fundo da baliza de Kepa Arrizabalaga já nos descontos, após os Gunners não conseguirem lidar com mais uma bola parada de Wharton.
Seguiu-se um aparentemente interminável desempate por grandes penalidades, até que o remate de Lacroix foi defendido por Kepa, colocando finalmente um ponto final neste emocionante encontro, com o Arsenal a vencer por 8-7 nas penalidades.
Pelo volume de oportunidades criadas, é difícil contestar o apuramento dos Gunners para as meias-finais. Uma quarta vitória consecutiva em todas as competições deixa a equipa de Arteta em excelente forma, antes de voltar a concentrar atenções na luta pelo título da Premier League, com a visita do Brighton ao Emirates no sábado. Os Gunners defrontam o rival londrino Chelsea na meia-final da prova.
