CAN-2025: Christopher Katongo analisa as hipóteses da Zâmbia em Marrocos

Zâmbia vai tentar repetir a sua melhor campanha de 2012 na CAN
Zâmbia vai tentar repetir a sua melhor campanha de 2012 na CANFAZ Media

A lenda zambiana Christopher Katongo explicou porque razão o país da África Austral não deve esperar sucesso na sua participação na Taça das Nações Africanas (CAN) de 2025, em Marrocos.

Os Chipolopolo vão disputar a sua 19.ª presença na 35.ª edição do torneio organizado pela Confederação Africana de Futebol (CAF) no país do Norte de África. Garantiram a qualificação para a CAN ao terminarem no topo do seu grupo de qualificação.

Zâmbia terminou em 1.º lugar do Grupo G com 13 pontos, qualificando-se juntamente com os campeões africanos Costa do Marfim, que ficaram em 2.º com 12 pontos. Esta qualificação marcou a primeira vez em nove anos que a Zâmbia conseguiu apurar-se para a CAN em edições consecutivas.

Em Marrocos, a Zâmbia vai tentar repetir a sua melhor campanha, conseguida em 2012, quando conquistou o troféu. A seleção soma seis presenças no pódio nas suas 18 participações anteriores: foi vice-campeã em 1974 e 1994, conquistou o bronze em 1982, 1990 e 1994, e foi campeã em 2012.

Não se deve esperar que a Zâmbia vença a CAN

A Zâmbia ficou integrada no Grupo A, juntamente com os anfitriões Marrocos, Comores e Mali. Segundo o veterano de 43 anos Katongo, que somou mais de 100 internacionalizações entre 2003 e 2016 antes de se retirar, o país não deve colocar demasiada pressão sobre a equipa que vai disputar a CAN.

"Só lhes desejo boa sorte. Acho que vimos de uma realidade em que somos eliminados sempre na primeira ronda. Portanto, é uma fase de aprendizagem", disse Katongo à FAZ Media.

"Sempre que és eliminado, é uma fase de aprendizagem. Não podemos lamentar isso", acrescentou.

"Não podemos exigir que estes jogadores vão vencer a Taça das Nações Africanas. Eu já estive lá. Para vencer o troféu, é preciso mais experiência, mais participações na CAN. Quanto mais vezes te qualificas, maior é a probabilidade de competir para chegar à fase seguinte. Mas se não te qualificas para a Taça das Nações Africanas, é um desastre porque ficas para trás", explicou.

"Portanto, qualificar-se é positivo, mas agora é tempo de trabalhar no terreno. Isso é o mais importante", acrescentou.

Recordando o sucesso da Zâmbia em 2012, quando derrotou a Costa do Marfim por 8-7 nas grandes penalidades para levantar o troféu, Katongo referiu que a equipa teve de suportar eliminações precoces em 2006, 2008 e 2010 antes de alcançar o triunfo.

"Ganhar a Taça das Nações Africanas é um processo contínuo. Quando vencemos, tínhamos sido eliminados em 2006, 2008 e 2010, e só depois triunfámos em 2012", explicou Katongo.

"Vês a consistência de te qualificares regularmente. Por isso, se conseguires, o melhor caminho é garantir a qualificação, que é o melhor remédio para podermos competir", defendeu.

A Zâmbia, orientada pelo treinador Moses Sichone, inicia a sua campanha frente ao Mali a 22 de dezembro no Stade Mohammed V, antes de defrontar as Comores no mesmo estádio a 26 de dezembro. O último jogo do grupo será frente a Marrocos, no Estádio Príncipe Moulay Abdellah a 29 de dezembro.

Convocados da Zâmbia:

Guarda-redes: Charles Kalumba (Red Arrows), Mangani Banda (Kabwe Warriors), Toaster Nsabata (Sekhukhune, África do Sul), Francis Mwansa (Zanaco).

Defesas: Kabaso Chongo, Gift Mphande (ambos do Zesco United), Owen Mwamba (Mufulira Wanderers), Lubambo Musonda (Magdeburgo, Alemanha), Frankie Musonda (Bahrain FC), Obinno Chisala (El Merreikh-Sudão), David Hamansenya (Leganés, Espanha), Benson Sakala (Bohemians, República Checa), Miguel Chaiwa (Hibernian, Escócia), Mathews Banda (Nkana), Killian Kanguluma (Kabwe Warriors), Chanda Chileshe (FC Muza)

Médios: Wilson Chisala (Zanaco), Gift Siame (Leganés, Espanha), Hunphrey Bwembya (Kabwe Warriors), Pascal Phiri, David Simukonda (ambos do Zesco United), Given Kalusa, Rickson Ng’ambi, Solomon Mpasela, Kelvin Mwanza (todos do FC Muza)

Avançados: Patson Daka (Leicester City, Inglaterra), Fashion Sakala (Al Fayha, Arábia Saudita), Joseph Sabobo Banda (Hapoel Beer Sheva, Israel), Kennedy Musonda (Hapoel Ramat, Israel), Albert Kangwanda (Red Arrows), Jack Lahne (Lustenau, Áustria), Elia Mandanji (Zanaco), Andrew Phiri (Singida Black Stars, Tanzânia)