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Apesar de ter o ambiente de um treino, este encontro continua a ser uma etapa importante na preparação, após uma semana algo atribulada, marcada por questões fora das quatro linhas a dominar as manchetes em torno da equipa. Infelizmente, nada de novo.
Eis os principais pontos de discussão antes do duelo.
Gana com equipa secundária
Como o jogo não se insere na janela internacional, as principais estrelas ganesas que jogam no estrangeiro permanecem nos seus clubes, e o país também não conseguiu garantir a qualificação para a CAN em Marrocos. Assim, a equipa enviada à África do Sul é, na prática, uma seleção CHAN, conhecida como Black Galaxies, composta apenas por jogadores do campeonato local. Serão ainda orientados pelo treinador Kassim Mingle, em vez do habitual técnico Otto Addo. Não há muito para entusiasmar os adeptos, talvez apenas a despedida dos Bafana…
Escolhas dos Bafana também limitadas
Apesar de todos os jogadores dos Bafana Bafana já estarem no estágio à hora do jogo, o selecionador Hugo Broos já afirmou que só irá escolher aqueles que estiveram a treinar durante a primeira semana. Isto significa que jogadores como Lyle Foster, do Burnley, Yaya Sithole, do Tondela, e Siyabonga Ngezana, do Steaua Bucareste, não vão ser opção.
Dado que a maioria do plantel atua no campeonato sul-africano, esta limitação não é grave, mas deverá garantir que Evidence Makgopa tenha a oportunidade de liderar o ataque. Resta saber até que ponto esta equipa se aproximará do onze inicial de Broos para a CAN (sem os jogadores que atuam no estrangeiro).
Duas posições em aberto
Hugo Broos provavelmente já tem definida a sua melhor equipa, com todos os jogadores disponíveis, mas ainda subsistem algumas dúvidas. Será que Mohau Nkota vai começar na ala direita em vez de Elias Mokwana, que joga na Arábia Saudita, ou Aubrey Modiba será titular à esquerda da defesa em detrimento de Samukelo Kabini, do Molde, da Noruega (ambos os jogadores que atuam fora do país estiveram no estágio na semana passada)? O resto das posições parece estar praticamente definido quando todos estão aptos. Vai ser interessante perceber quem recebe a confiança do treinador na terça-feira.
Registo positivo frente ao Gana
As equipas já se defrontaram em 15 ocasiões, com os Bafana Bafana a levarem vantagem nos duelos diretos por 6-5, havendo ainda quatro empates. O último confronto foi o polémico jogo de qualificação para o Mundial de 2022, em Cape Coast, em que o Gana venceu por 1-0 graças a um penálti controverso, garantindo o primeiro lugar do grupo e o apuramento para a terceira ronda.
Esse encontro aconteceu no início da era Broos, e muita coisa mudou desde então, incluindo as suas escolhas. Apenas o guarda-redes Ronwen Williams e o médio Teboho Mokoena permanecem dessa equipa.
Menos conversa, mais futebol
Depois de uma semana em que foi denunciado à Comissão dos Direitos Humanos da África do Sul (SAHRC) devido a declarações feitas numa conferência de imprensa, Broos estará satisfeito por voltar a falar apenas de futebol. Sempre direto nas suas opiniões, fiel à tradição de dizer as coisas como são na parte da Europa de onde vem, o treinador viu-se no centro da polémica, embora as motivações de quem apresentou a queixa à SAHRC sejam, no mínimo, duvidosas. Mas as preparações dos Bafana para grandes torneios raramente são tranquilas, de uma forma ou de outra, e o próximo episódio nunca está longe. A equipa dificilmente se deixará afetar por isso.
