Recorde as incidências da partida
O Senegal entrou da melhor maneira na CAN-2025. Os campeões da edição de 2021 impuseram-se por 3-0 frente ao Botsuana graças a um bis de Nicolas Jackson, num encontro de sentido único em que as Zebras não conseguiram enquadrar qualquer remate. Com 24 remates, dos quais 14 à baliza, os Leões até poderiam ter alcançado um resultado mais expressivo, não fosse a exibição brilhante de Goitseone Phoko. O guarda-redes do Botsuana assinou uma exibição de grande nível, evitando um descalabro ainda maior para a sua equipa. O Senegal assume provisoriamente a liderança do grupo D, à frente da RD Congo, que venceu por 1-0 o Benim.

Logo de início, o Senegal dispôs de uma boa oportunidade, com um passe longo para Nicolas Jackson, que entrou pelo meio e acabou por esbarrar em Goitseone Phoko no momento decisivo (3'). De seguida, a bola ficou solta à entrada da área e Pape Gueye rematou ao lado. O domínio senegalês manteve-se e Sadio Mané cabeceou após um cruzamento de Iliman Ndiaye, mas Phoko afastou com os punhos (5'). Pouco depois, Mané pediu penálti após um contacto no joelho dentro da área, mas o árbitro nada assinalou (12').
Ndiaye tentou a sua sorte sozinho à entrada da área, depois de ultrapassar o adversário com um drible, recentrar-se e rematar rasteiro de pé esquerdo, mas Phoko desviou para canto com a ponta dos dedos (15'). Com a chuva a intensificar-se, Ndiaye voltou a arriscar de longe, mas Phoko voltou a responder (19'). Mais uma vez, Ndiaye cruzou com qualidade para uma acrobacia de Jackson ao primeiro poste, mas a bola saiu por cima (22').
Phoko voltou a brilhar com uma defesa com o pé a um remate de Mané, servido por Jackson (27'). Mas quando o Senegal já se preparava para ir para o balneário com um nulo, Jackson inaugurou o marcador numa jogada bem desenhada por Mané, que lançou Ismail Jakobs na esquerda para um cruzamento que encontrou o número 11 na finalização (40').
Antes do intervalo, o Botsuana dispôs de duas ocasiões: primeiro num livre direto de muito longe, que saiu muito por cima, apesar do colega lhe pedir para jogar curto; depois, num canto, Mosha Gaolaolwe antecipou-se ao segundo poste, mas cabeceou ao lado da baliza senegalesa (45+4'). Os senegaleses recolheram ao balneário sorridentes, à exceção de Jakobs, que saiu a coxear.
Na segunda parte, o jogo perdeu intensidade e o Senegal começou a falhar mais nos detalhes técnicos, permitindo ao Botsuana sonhar. No entanto, bastou um contra-ataque e três passes para os Leões da Teranga ampliarem a vantagem. Pape Gueye iniciou a jogada e serviu Sarr na direita, que cruzou de primeira para Jackson na área. O avançado do Bayern ultrapassou dois defesas com um belo movimento antes de finalizar (58'). Bis para ele. E quase o terceiro, numa jogada individual em que tentou finalizar ao primeiro poste após passe de Ndiaye (63').
Mané teve nos pés o 3-0, depois de roubar a bola à entrada da área. Em vez de servir Ndiaye, completamente sozinho à sua esquerda, optou por rematar, mas o seu remate foi desviado por um defesa (68'). Depois foi Jackson a desperdiçar a oportunidade do 3-0 e do possível hat-trick, numa jogada semelhante ao segundo golo, mas desta vez rematou muito mal (75'). Phoko voltou a ser decisivo ao travar Mané num remate à queima-roupa (77'). Foi a 12.ª defesa do guarda-redes do Botsuana.
Já com o jogo a perder ritmo, Cherif Ndiaye fechou as contas ao marcar o 3-0 numa jogada bem concluída após cruzamento de Cheikh Sabaly, com o avançado do Samsunspor a finalizar de primeira mesmo à frente de Phoko (90').

