Tanzânia 1-1 Tunísia
Depois do empate com o Egito e de saber que já estava à frente das Comores, Angola assistiu a este jogo com atenção, a torcer por uma vitória da Tunísia que assim colocava os palancas negras nos oitavos de final desta CAN-2025. Contudo, a Tanzânia conseguiu bater o pé ás Águias de Cartago e a igualdade a uma bola deu o tão necessário golo para ultrapassar a seleção lusófona e garantir a vaga como o quarto melhor terceiro classificado.
Ambos os lados estavam extremamente tensos, o que se refletiu no jogo, com um total de 0,12 xG (golos esperados) acumulado para as duas equipas após 40 minutos. Nesse momento, ocorreu o primeiro grande acontecimento da partida. O árbitro Jean-Jacques Ndala tomou uma decisão crucial, concedendo um penálti à Tunísia após uma longa consulta ao VAR, pois Ibrahim Hamad foi considerado culpado de derrubar Hazem Mastouri numa cobrança de falta. Gharbi, ligado ao SC Braga, assumiu a responsabilidade e marcou o seu segundo golo internacional, dando à sua equipa uma importante vantagem pouco antes do intervalo.
Apesar de quase nada ter acontecido em termos ofensivos no primeiro tempo, a Tanzânia reagiu com um golo inesperado. Poucos minutos após o reinício, Novatus Miroshi passou a bola para Feisal Salum, que chutou rasteiro de fora da área para vencer Aymen Dahman, dando à equipa de Miguel Gamondi o empate tão necessário. Não houve nada para separar as duas equipas no restante de um segundo tempo rotineiro, no qual a Tunísia se contentou em garantir o resultado, sabendo que não poderia ser ultrapassada na segunda posição.
Com os pontos distribuídos, os dois países avançam para a próxima fase, embora em circunstâncias diferentes. A Tunísia terminou em segundo lugar no Grupo C, atrás da Nigéria, enquanto a Tanzânia é um dos melhores terceiros classificados da CAN. Tendo marcado mais um golo do que Angola, isso significa que devem defrontar Marrocos ou o Egito, dois dos favoritos da competição, na próxima fase. Quanto à Tunísia, enfrenta o Mali, que ficou em segundo lugar no Grupo A.
Uganda 1-3 Nigéria
Com a liderança do Grupo C já garantida, o técnico da Nigéria, Éric Chelle, fez oito alterações na equipa titular em relação à vitória sobre a Tunísia. A impressionante força das Super Águias garantiu que elas dominassem o primeiro tempo, apesar disso, e apenas um remate desviado de Samuel Chukwueze impediu que o primeiro golo aos 10 minutos, após uma jogada espetacular pela ala esquerda de Moses Simon.
Victor Osimhen foi, sem surpresa, uma grande ameaça ao longo de todo o primeiro tempo, e criou a primeira grande oportunidade da Nigéria ao avançar pela direita e recuar para Paul Onuachu, mas este foi impedido de marcar à queima-roupa pelo veterano guarda-redes ugandês Denis Onyango. No entanto, o guarda-redes de 40 anos não teve como impedir Onuachu apenas um minuto depois, quando tentou sem sucesso bloquear o passe de Fisayo Dele-Bashiru, que Onuachu converteu em seu quarto golo internacional.
O Uganda não conseguiu registar um único remate à baliza antes do intervalo e, como nenhum dos seus 14 jogos anteriores tinha produzido mais de 2,5 golos, as suas esperanças de recuperação pareciam fantasiosas antes do reinício. Isso só se reforçou quando a Nigéria continuou a dominar, com Chidozie Awaziem e Bruno Onyemaechi a estarem perto de duplicar a vantagem.
Depois de ter sobrevivido a esses sustos, as coisas foram de mal a pior para o Uganda quando Salim Magoola, que substituiu Onyango na baliza no intervalo, saiu da linha e tocou com a mão fora da área ao bloquear um remate de Osimhen. Ele foi devidamente expulso, e Nafian Alionzi saiu do banco para substituí-lo.
O terceiro guarda-redes dos Grous no jogo não se saiu melhor do que os outros, e o sofrimento foi agravado quando Chukwueze encontrou Raphael Onyedika, que invadiu a área e rematou entre as pernas de Alionzi, colocando o resultado fora de qualquer dúvida. A mesma dupla combinou para o terceiro golo da Nigéria, com Onyedika a marcar num espaço vazio dentro da área, depois de Chukwueze ter ultrapassado o seu marcador e encontrado o médio.
Uma noite difícil terminou pelo menos com uma nota positiva para os homens de Paul Put, quando Rogers Mato colocou uma bola por cima de Francis Uzoho para marcar o golo de honra. No entanto, apenas a terceira derrota em nove confrontos diretos significou que o Uganda terminou na última posição do Grupo C, a oito pontos da Nigéria, que chega aos oitavos cheia de confiança.
