No entanto, o extremo não fala em vingança diante da perspetiva de enfrentar a Tanzânia esta quarta-feira.
"Não, nem sequer sei de que é que me vou vingar", disse o jogador no final de dezembro, durante uma conferência de imprensa organizada pelo Marselha com vários meios de comunicação social.
"Estou ainda mais motivado agora que perdi uma coisa fantástica", disse o jogador.
"É sempre o mesmo orgulho vestir a camisola e cantar o hino nacional. Especialmente depois do Mundial que perdi, é uma dose dupla de emoção, uma dose dupla de prazer. É quando perdemos algo que nos apercebemos da sua importância", acrescenta o extremo marroquino (20 internacionalizações, 1 golo), que disputou o primeiro jogo do Mundial-2018 (derrota por 1-0 com o Irão).
Em 2022, sofreu uma rotura dos ligamentos do joelho numa partida com o Mónaco e voltou a juntar-se ao grupo no final do Mundial, de muletas, no relvado após a derrota nas meias-finais com a França (2-0). "Isso fechou algumas feridas, mas não me tirou a vontade de ver os jogos", recorda.
"Pressão positiva"
"Espero que desta vez não haja problemas, mas estou muito feliz por poder voltar a jogar numa competição tão importante com Marrocos, logo após o Mundial", acrescentou.
Leão do Atlas desde 2017, não participou nas duas últimas edições da CAN e prepara-se para se estrear em 2024: "Apesar de nunca ter experimentado, já joguei muitos jogos em países africanos, por isso sei que vai ser muito complicado", anuncia.
Harit espera enfrentar "equipas muito físicas, um clima muito diferente, com muita humidade, campos que por vezes não são muito fáceis de jogar e um ambiente africano muito especial, com muitos cânticos".

O extremo do Marselha acredita que vai ser possível devolver a glória à seleção marroquina, que não é campeã africana desde 1976.
"Temos a pressão positiva de trazer de volta a alegria e a felicidade ao povo marroquino. Não consigo explicar este fraco registo de um dos gigantes do continente. Eu nem sequer era nascido da última vez que ganhámos uma CAN".
Para o jogador de 26 anos, o facto de Marrocos ter chegado às meias-finais do Mundial pode ter um efeito motivador nos adversários.
"Não devemos pensar demasiado em nós próprios, porque a nossa participação no Campeonato do Mundo é uma fonte de motivação para todas as equipas que nos vão defrontar", adverte Harit.
"Ser semifinalista do Mundial é bom, mas não nos fará passar da fase de grupos da CAN", alerta o jogador formado pelo Nantes.
