É uma das maiores rivalidades do futebol europeu e esta quarta-feira voltou a conhecer um episódio menos bonito. Enquanto Feyenoord e Ajax se digladiavam dentro de campo por um lugar na final da Taça dos Países Baixos, os adeptos nas bancadas iam provocando distúrbios que levaram o árbitro a interromper o jogo em duas ocasiões.
Nos primeiros minutos, a utilização de artefactos pirotécnicos criou uma nuvem de fumo que obrigou a paragem da partida por alguns momentos. Mais tarde, já na segunda parte, o jogo foi mesmo interrompido durante 30 minutos depois de Davy Klaassen, jogador do Ajax, ter sido atingido na cabeça por um isqueiro que o deixou a sangrar. A isto, juntou-se ainda cânticos antissemita vindo das bancadas, onde os adeptos do emblema de Amesterdão estão impedidos de estar.
Perante este caos, Dylan Yesilgoz, responsável pela pasta da Justiça nos Países Baixos, anunciou uma investigação aos problemas. Além disso, a ministra, em conjunto com Conny Helder, do Desporto, vai reunir com a federação neerlandesa, os clubes, a autarquia de Roterdão e a polícia para perceber a situação.
"Se continuarmos assim, até os adeptos da equipa da casa vão ser proibidos de estar no estádio", avisou Yesilgoz, em conversa com a ANP.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, também deixou um apelo às autoridades neerlandesas. "Não existe lugar para a violência no futebol, dentro e fora do campo. Os jogadores devem sentir-se sempre seguros e peços às autoridades para garantir isto", escreveu nas redes sociais.