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Gold Cup: México conquista o título às custas dos EUA (1-2)

México vence a Gold Cup
México vence a Gold CupCHANDAN KHANNA / AFP
O México derrotou os Estados Unidos por 2-1 em Houston, no Texas, no domingo, e conquistou o seu 10.º título da Gold Cup da CONCACAF, num impulso de otimismo antes de acolher o Campeonato do Mundo de 2026.

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As notas individuais dos onzes iniciais
As notas individuais dos onzes iniciaisFlashscore

A seleção dos Estados Unidos, orientada pelo argentino Mauricio Pochettino, adiantou-se no marcador por intermédio de Chris Richards, aos quatro minutos, mas o México iniciou a recuperação com um golo de Raúl Jiménez antes da meia hora de jogo.

O veterano avançado celebrou o golo com uma homenagem ao seu antigo companheiro de equipa, Diogo Jota, o internacional português que faleceu na passada quinta-feira num acidente de viação em Espanha.

Com o controlo total do jogo e as melhores oportunidades, o México selou o triunfo com um cabeceamento de Edson Álvarez, aos 77 minutos, que fez explodir de alegria o Estádio NRG, onde a seleção mexicana contou com o apoio maioritário entre os 70.925 espectadores presentes.

Sob o comando de Javier Aguirre, os astecas reforçaram o domínio no principal torneio da CONCACAF, conquistando o décimo título, enquanto os Estados Unidos, rivais históricos, permanecem com sete conquistas.

Para "El Tri", que conquistou a Liga das Nações da CONCACAF em março, e para os Estados Unidos, esta foi a última competição oficial antes de acolherem o Campeonato do Mundo de 2026, em conjunto com o Canadá.

"Estamos muito felizes, este é mais um incentivo para enfrentar o que vem a seguir, especialmente o Mundial. Vai ser muito importante conseguirmos vitórias", afirmou Jiménez.

O México partia como favorito à conquista desta edição da Gold Cup, devido às ausências de peso na seleção dos Estados Unidos, que não pôde contar com Christian Pulisic nem com as restantes principais figuras da equipa.

Ainda assim, a derrota aumenta a pressão sobre Pochettino, que atravessa uma fase complicada desde que assumiu o comando técnico dos Estados Unidos, após o desaire na Copa América do ano passado.

A oitava final da Gold Cup entre México e Estados Unidos teve lugar num estado do Texas ainda marcado pelas buscas de desaparecidos devido às recentes inundações, que já provocaram pelo menos 78 vítimas mortais.

As principais estatísticas da partida
As principais estatísticas da partidaFlashscore

Logo aos quatro minutos, o Estádio NRG explodiu de entusiasmo com o golo inaugural dos Estados Unidos, na sequência de um livre batido para a área por Sebastian Berhalter.

O cruzamento do filho de Gregg Berhalter, antecessor de Pochettino no comando da seleção, sobrevoou os defesas mexicanos e o cabeceamento de Chris Richards acertou na trave antes de entrar na baliza mexicana.

A seleção do México acusou o golpe psicológico durante alguns minutos, mas rapidamente recuperou o controlo do encontro, com destaque para as boas intervenções de Gilberto Mora, a jovem promessa de 16 anos que Javier Aguirre tem vindo a lançar como titular.

Homenagem a Diogo Jota

O domínio dos astecas foi recompensado antes da meia hora, quando Marcel Ruiz fez um passe para Jiménez, que, com uma meia-volta letal, rematou de pé esquerdo para o ângulo superior da baliza de Freese.

Na celebração, o veterano avançado exibiu uma camisola oferecida pelo seu antigo companheiro do Wolverhampton, Diogo Jota, e sentou-se no relvado, imitando a icónica comemoração do internacional português.

No banco, Pochettino lamentava a incapacidade da sua equipa em manter a posse de bola sob a forte pressão mexicana. Os aztecas continuaram a ameaçar no início da segunda parte, quando Roberto Alvarado fez uma diagonal para o centro e rematou ao ferro.

O golo decisivo chegou na sequência de um livre do lado esquerdo, cobrado por Johan Vásquez para a área, onde Edson Álvarez cabeceou para o fundo das redes. O tento foi inicialmente anulado por fora de jogo, mas, após uma espera tensa, o VAR validou o lance, provocando uma explosão de alegria nas bancadas.

As alterações de Pochettino não surtiram efeito e os Estados Unidos quase não criaram perigo, com exceção de uma investida de Patrick Agyemang já nos descontos, travada por Luis Malagón com uma saída decidida.