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Argentina: Treinador do Boca Juniors internado com prognóstico reservado

Miguel Ángel Russo é o treinador do Boca Juniors
Miguel Ángel Russo é o treinador do Boca JuniorsALEJANDRO PAGNI / AFP

O treinador argentino do Boca Juniors, Miguel Ángel Russo, está internado "com prognóstico reservado", informou o clube de futebol esta segunda-feira à noite, no meio de rumores sobre o estado de saúde e após a ausência do treinador no banco nas últimas jornadas.

Russo "encontra-se a cumprir uma internamento domiciliário com prognóstico reservado", escreveu o Boca na conta oficial no X. "Acompanhamos o Miguel e a sua família neste momento", acrescentou o clube.

Russo, de 69 anos, foi substituído no banco por Claudio Úbeda e Juvenal Rodríguez, que orientaram a equipa na goleada por 5-0 do Boca sobre o Newell’s, este domingo, no Torneio Clausura.

"Queremos dedicar o triunfo ao Miguel, que certamente nos esteve a ver pela televisão", disse Úbeda aos jornalistas após o jogo: "Dedicamos a vitória ao Russo, que é a cabeça do nosso grupo e não é nada agradável vê-lo passar por este momento. Enviamos-lhe muita força".

Nas suas recentes aparições públicas, que se alternaram com internamentos hospitalares ou domiciliários, Russo foi visto magro, a caminhar com dificuldade e com voz débil. O popular clube de Buenos Aires não tinha emitido comunicados oficiais sobre o seu estado de saúde até esta segunda-feira, embora seja sabido que em 2017 lhe foi diagnosticado um cancro da próstata.

Setembro com altos e baixos de saúde

A saúde de Russo começou a causar uma preocupação crescente depois de ter sido internado três vezes em quase um mês.

No final de setembro, fontes próximas do clube disseram à AFP que o treinador tinha sido hospitalizado no dia 24 enquanto realizava uma bateria de exames médicos, e que regressaria em breve aos treinos. No entanto, o técnico que levou o Xeneize a erguer a sua última Taça Libertadores, em 2007, tem estado ausente do banco desde então.

Miguelito assumiu o comando da equipa pela terceira vez em junho, em meio a um evidente deteriorar físico.

Uma das primeiras imagens que causaram inquietação ocorreu no final de agosto, durante um jogo em que o Boca venceu o Aldosivi em Mar del Plata, quando foi visto abatido e sonolento no banco de suplentes. O treinador reapareceu depois ao comando frente ao Rosario Central, em que foi ovacionado pela claque rosarina, que o considera quase um prócer, e depois foi à Bombonera para orientar frente ao Central Córdoba, a 21 de setembro.

Russo já tinha demonstrado uma força semelhante em dezembro de 2017, quando conquistou o título da liga colombiana ao comando do Millonarios um dia depois de ter recebido uma sessão de quimioterapia em Bogotá.

"Houve muitos que disseram disparates, que me entram por um ouvido e saem pelo outro. Quem sabe da sua saúde é cada um, o resto não. Se estou a trabalhar é porque tenho alta de tudo, também da minha família", afirmou o treinador a meio do mês passado.