No entanto, o atual contrato de Crosby expira após a época em curso. O três vezes vencedor da Taça Stanley falou em exclusivo com o Flashscore sobre os seus planos futuros e muito mais.
- Não parece estar a abrandar, mesmo com quase 40 anos. Qual é a tua receita para a longevidade?
- Boa pergunta... Não sinto que esteja a abrandar. Penso que se trata de ter sempre alguma paixão dentro de nós. Há muito tempo que faço parte de uma boa equipa e de uma grande organização. O mais importante é que temos de gostar do que fazemos. E eu amo. Continuo a gostar tanto de hóquei como gostava na minha primeira época.
- Tem algum ritual regular?
- Quanto tempo é que tens? (risos) Tenho muitos. Ao longo dos anos, desenvolvemos a nossa rotina, a forma como nos queremos preparar. Algo que nos prepara para os jogos, para os treinos e para a época em geral. Também é preciso muito trabalho fora do gelo. E muita da tua confiança vem de todo esse trabalho.
- Superou uma concussão, está de novo em grande forma e de boa saúde. O que é que tem de fazer para chegar a esse nível de forma consistente?
- À medida que vou envelhecendo, tento conhecer o meu corpo o mais possível. Também é importante planear o meu descanso. Estou sempre a tentar melhorar, ficar mais forte, mais rápido... E isso é um desafio maior quando se tem 37 anos. É preciso encontrar um equilíbrio, isso é o mais importante.
- Está no top 10 da tabela histórica de golos da NHL. Joe Sakic está mesmo atrás de si e está a olhar para Mario Lemieux. O que é que isso significa?
- Fazer parte desta empresa é especial. Vi todos os jogadores que mencionou quando era miúdo. O meu sonho sempre foi jogar na NHL. Nem sequer me imaginava em qualquer ranking histórico. O principal era chegar à NHL e depois ganhar a Taça Stanley. Consegui fazer as duas coisas, e é isso que me mantém motivado.
- Pittsburgh não é o favorito para ganhar a Taça Stanley este ano e o seu contrato termina no final desta época. Estás a pensar em mudar de clube?
- Tento não pensar em nada disso. Temos um ótimo grupo aqui. Não tem sido fácil para nós em certas alturas, mas aqui acreditamos todos uns nos outros. Somos fortes e, num ambiente como este, é mais fácil concentrarmo-nos no nosso objetivo. Há muitas equipas a disputar o último ou os dois últimos lugares para os play-offs. Com esta grande equipa, é um pouco mais fácil lutar por isso.
- Mas ainda não estão a planear a reforma, pois não? Veja o Jaromir Jagr. Aos 52 anos, ele ainda está no gelo...
- Não sei bem como é que ele consegue. É uma pessoa excecional, um atleta excecional. Falámos de paixão, e a paixão dele é enorme... É difícil de explicar. Não me consigo imaginar a jogar tanto tempo como ele. (risos) É sem dúvida uma personalidade a ter em conta. É um grande exemplo de longevidade e de como se manter a um nível elevado.
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