"Vamos continuar a avaliar todas as disciplinas já presentes no programa dos Jogos Olímpicos de Inverno, bem como qualquer novo desporto adicional que possa ser proposto, e a decisão sobre ambos os pontos será tomada em junho", afirmou à imprensa a dirigente do Zimbabué.
O COI tinha inicialmente ponderado, na última reunião da sua comissão executiva em setembro, definir já na reunião de dezembro a lista das provas desportivas escolhidas para 2030, cujos detalhes e quotas de atletas variam sempre de uma edição olímpica para outra.
No entanto, para além da formação tardia do comité organizador francês e dos temas que ainda tem por resolver – incluindo o mapa definitivo dos locais –, esta decisão esbarra no amplo processo de reflexão iniciado por Kirsty Coventry desde que substituiu em junho o alemão Thomas Bach.
Coventry lançou, em particular, um grupo de trabalho sobre o programa olímpico, que deverá analisar a possível integração nos JO de Inverno de disciplinas como o trail ou o ciclocrosse, pertencentes a federações internacionais envolvidas nos Jogos de Verão, o que seria inédito.
Porém, as federações internacionais de desportos de inverno manifestaram-se contra esta possibilidade num comunicado conjunto em meados de novembro, considerando que a inclusão destes desportos "diluiria a marca, o legado e a identidade" dos JO de Inverno.
Os organizadores dos JO 2030 ponderam também incluir a escalada em gelo no programa olímpico, enquanto o freeride também reivindica um lugar nos Jogos, e o esqui-alpinismo, já presente nos JO 2026 de Milão Cortina, procura ser reconduzido quatro anos depois.
