A tentativa do australiano de se tornar o primeiro campeão de Fórmula 1 do seu país em 45 anos terminou com o terceiro lugar na classificação geral, enquanto o seu colega de equipa Lando Norris conquistou o título em Abu Dhabi no domingo.
"Vou regressar à Austrália por uns tempos, ver a família e os amigos, fazer as habituais visitas e despedidas", disse aos jornalistas.
"Estou mesmo a precisar de algum tempo longe das corridas, para ser sincero. Foi uma temporada longa e exigente. Por mais divertido que seja conduzir os carros mais rápidos do mundo, uma pausa de vez em quando sabe sempre bem. Por isso, estou apenas ansioso por não pensar em carros de corrida e passar tempo com as pessoas que me rodeiam", acrescentou.
Como a maioria dos seus compatriotas, tem acompanhado a vitória da Austrália sobre a Inglaterra nos Ashes – lideram a série por 2-0 – e espera assistir a parte do quarto Teste na sua cidade natal, Melbourne, depois do Natal.
"Há uma parte de mim que gostava que a série ainda estivesse em aberto nessa altura, e outra parte que não", afirmou Piastri: "Por isso, aceito o que vier. Tem sido divertido de acompanhar nas últimas semanas."
Nova era de motores em 2026
Piastri venceu sete corridas esta temporada, o mesmo número que Norris e menos uma do que Max Verstappen da Red Bull – cujo reinado de quatro anos como campeão terminou.
O próximo ano marca o início de uma nova era de motores e uma grande alteração nos regulamentos, o que pode mudar a hierarquia do paddock e também antecipou os testes de pré-temporada e as apresentações para janeiro. A temporada começa na Austrália a 8 de março.
A McLaren inicia como bicampeã, tendo garantido o segundo título consecutivo de construtores em outubro, e Piastri terá como objetivo conquistar o título do colega de equipa.
"Obviamente, a nova temporada está quase a começar, por isso vai ser importante aproveitar este tempo de descanso e regressar renovado para os novos desafios do próximo ano", afirmou.
"Ele (Norris) teve claramente uma excelente temporada este ano e é um campeão merecido, mas continua a ser o Lando Norris. Não é como se tivesse virado super-herói. Por isso, não penso que isso vá mudar nada. Espero total justiça e igualdade por parte da equipa daqui para a frente. Não tenho qualquer preocupação de que isso venha a mudar", afirmou.
Piastri disse também que sentiu ter evoluído como piloto graças à competição interna na equipa, com cada piloto a desafiar o outro ao máximo.
"Por vezes isso foi desconfortável para todos, mas no fim de contas, sim, foi positivo", disse.
"Tivemos muitas conversas ao longo do ano e tenho a certeza de que vamos falar durante a pausa sobre o que queremos fazer de forma diferente para o próximo ano. Mas penso que, no final, deram-nos a ambos a melhor oportunidade possível para lutar de forma justa por um campeonato do mundo, e é só isso que se pode pedir", concluiu Piastri.