Lewis Hamilton (40 anos) está a ter um pouco mais de dificuldade do que o esperado para se adaptar ao seu Ferrari. Apesar de ter melhorado as suas sensações no Bahrain, voltou a ficar atrás de Charles Leclerc (quarto e quinto) e o monegasco já tem sete pontos de vantagem sobre ele no Campeonato do Mundo de Pilotos.
Sem se esconder, o britânico analisou o que está a acontecer no início da temporada com o seu carro: "Ainda é um pouco estranho (o SF-25), é assim que se sente. Às vezes ficamos presos, eu queria conduzi-lo à minha maneira e aproximar o carro do meu estilo, mas isso não está a funcionar, por isso agora estou a adaptar-me ao carro. Tem uma condução muito diferente, por exemplo, em termos de controlos eletrónicos, em comparação com o que tinha no passado", analisou.
"Nunca usei o travão motor nos últimos 12 anos e aqui usa-se muito o travão motor, muito mesmo. Isso muda muito a forma como se trava. Por exemplo, na última etapa, estava a travar muito mais com as rodas traseiras e, noutras ocasiões, é preciso colocar mais peso na frente. A janela de trabalho é muito mais ampla em comparação com o que eu conhecia", acrescentou, sobre um dos fatores que mais o surpreendeu no comportamento do Ferrari.
Por fim, mostrou-se otimista para o que aí vem: "No segundo treino (do Bahrain) senti-me mais alinhado com o carro. O equilíbrio estava no lugar e o meu estilo de condução estava a funcionar. Aprendi muito neste domingo e neste fim de semana, mais do que em todos os fins-de-semana anteriores. A chave é manter esta situação todos os fins-de-semana. O nosso carro exige um estilo de condução diferente e estou a adaptar-me lentamente a isso. E também a afinação, porque estive muito longe da afinação do Charles nos últimos dois fins-de-semana e estou a aproximar-me lentamente da afinação dele. Espero continuar a melhorar assim", concluiu Hamilton.