"Há muito trabalho a fazer, há boas sensações nas condições ideais, mas assim que se "sai" um pouco, tudo se torna difícil. Não conseguia virar o carro, absolutamente nada, e tive de ter cuidado para que os pneus da frente não escorregassem. Isso afetou-me."
Em declarações à Sky Sport, Charles Leclerc, que foi sétimo classificado em Miami, analisou a prova negativa da Ferrari.
"Temos de trabalhar muito para termos um carro mais consistente nos dias de corrida. Hoje (domingo) houve problemas suficientes, agora vamos olhar para o carro todo, e digo isto por causa do quanto ele "saltou". Temos de perceber. A janela de pneus é muito pequena e, assim que saímos um pouco, temos muitas dificuldades", explicou.
"Para já, a situação é difícil. Na qualificação lutamos e na corrida temos de aceitar ser ultrapassados para gerir melhor os pneus. É uma mentalidade difícil de ter, mas não vamos desistir. Esperamos ter um bom desempenho na qualificação em Imola, porque é difícil ultrapassar lá", concluiu.
Vasseur admite "sensações estranhas"
"Foi uma corrida que nos deixou com sensações estranhas porque desde a qualificação até domingo o feedback do carro foi muito diferente e não sabemos porquê. Não foi tanto um problema com a degradação dos compostos, mas sim com a consistência da velocidade na corrida", apontou.
Quanto aos pilotos, o engenheiro francês destacou as diferenças entre os dois.
"Leclerc teve dificuldades na primeira parte, enquanto Sainz teve dificuldades na última. O discurso já feito sobre o problema da consistência aplica-se".
E agora o que pode mudar em Imola? "Vamos trazer atualizações, mas essa não é a questão crítica hoje, porque há uma grande diferença entre o tempo de ataque e o de domingo. Não estamos a pensar na Red Bull, mas estamos concentrados em nós próprios. É claro que a velocidade deles na corrida é impressionante", assumiu.