“Esta convocatória para Tóquio reflete a qualidade e o empenho dos nossos atletas e podem ter a certeza que tudo faremos para que seja uma participação de excelência. Obviamente, que vamos com a convicção que podemos conseguir bons resultados no que diz respeito à conquista de medalhas, mas para mim as medalhas são apenas o reflexo da confiança, do trabalho e o valor inegável de um desporto que une e eleva”, afirmou o dirigente, em declarações à agência Lusa.
Portugal apresenta uma delegação recorde de 32 atletas para a 20.ª edição dos Mundiais ao ar livre, os primeiros sobre a liderança de Domingos Castro, após ter ficado afastado dos pódios pela quinta vez e com a pior pontuação de sempre em Budapeste-2023.
“Provas deste calibre têm sido cruciais na construção do atletismo português. É nos grandes palcos que nascem nomes memoráveis, heróis nacionais e momentos que ficam inscritos na história do desporto em Portugal. Simbolizam esperança, projeto e orgulho coletivo”, realçou Domingos Castro.
O presidente da FPA alude ao historial luso em Mundiais, com a conquista de 23 medalhas, sete das quais de ouro, por Rosa Mota, na maratona, em Roma-1987, por Fernanda Ribeiro, nos 10.000 metros, e Manuela Machado, na maratona, em Gotemburgo-1995, por Carla Sacramento, nos 1.500 metros, em Atenas-1997, por Nelson Évora, no triplo, em Osaka-2007, por Inês Henriques, nos 50 marcha, em Londres-2017, e por Pichardo, novamente no triplo, em Oregon-2022.
Nas 19 presenças, os atletas lusos subiram outras 16 vezes ao pódio, conquistando sete medalhas de prata e nove de bronze.
“Para os Mundiais de Tóquio, quero sublinhar o facto de a convocatória da seleção nacional integrar pela primeira vez um lote recorde de 32 atletas, no qual se destacou a preocupação de mesclar a experiência de atletas consagrados como João Vieira – que aos 49 anos cumpre a 14.ª participação em Mundiais, situação inédita na história da competição –, Pedro Pichardo ou Auriol Dongmo, com a irreverência e juventude de promessas como Mariana Machado ou Pedro Afonso”, rematou.
Domingos Castro salientou ainda que os Mundiais Tóquio-2025 são “o primeiro de três momentos de enorme significado para o atletismo nacional e mundial”, antes dos Mundiais de corrida em montanha e trail, em Canfranc, entre 25 e 28 de setembro, e o Mundial paralímpico, cuja primeira edição vai ser disputada em Nova Deli, na Índia, de 27 de setembro a 05 de outubro.
As 23 medalhas dos portugueses
OREGON-2022
OURO: Pedro Pablo Pichardo (triplo salto)
DOHA-2019
PRATA: João Vieira (50 km marcha)
LONDRES-2017
OURO: Inês Henriques (50 km marcha)
BRONZE: Nelson Évora (Triplo salto)
PEQUIM-2015
BRONZE: Nelson Évora (Triplo salto)
MOSCOVO-2013:
BRONZE: João Vieira (20 km marcha) a)
BERLIM-2009:
PRATA: Nelson Évora (Triplo salto)
BRONZE: Naide Gomes (Salto em comprimento) a)
OSAKA-2007
OURO: Nelson Évora (Triplo salto)
HELSÍNQUIA-2005
BRONZE: Rui Silva (1.500 metros)
BRONZE: Susana Feitor (20 km marcha)
EDMONTON-2001
BRONZE: Carlos Calado (Salto em comprimento)
ATENAS-1997
OURO: Carla Sacramento (1.500 metros)
PRATA: Fernanda Ribeiro (10.000 metros)
PRATA: Manuela Machado (Maratona)
BRONZE: Fernanda Ribeiro (5.000 metros)
GOTEMBURGO-1995
OURO: Fernanda Ribeiro (10.000 metros)
OURO: Manuela Machado (Maratona)
PRATA: Fernanda Ribeiro (5.000 metros)
BRONZE: Carla Sacramento (1.500 metros)
ESTUGARDA-1993
PRATA: Manuela Machado (Maratona)
ROMA-1987
OURO: Rosa Mota (Maratona)
PRATA: Domingos Castro (10.000 metros)