"Aconteceu-me o mesmo: eu queria determinadas condições, o pai não as viu dessa forma. E Juan Carlos (45) terá pedido outras condições que o pai também não aceitou e não cedeu", afirmou Carlos Santos numa entrevista à Eurosport Espanha.
O murciano considera que esta situação já se previa. "Assim que o Samuel López entrou como segundo treinador, percebia-se que podia haver uma mudança. No fundo, com o Carlitos sempre se fez tudo assim, muito devagar para que nada fosse demasiado brusco de um dia para o outro".
"O Carlitos não tem qualquer responsabilidade"
Santos atribui a responsabilidade da decisão ao pai de Carlos Alcaraz (23). "No fim, quem gere tudo é o pai do Carlos. O Carlitos não tem qualquer responsabilidade nisso. Ou seja, o Carlitos, por ele, teria continuado o tempo que o Juan Carlos quisesse".
Além disso, Carlos Santos analisou o futuro de Alcaraz. "Acredito que o Samuel estava como segundo treinador porque é muito próximo do Juan Carlos, cresceram no mesmo sítio, trabalharam ambos de forma semelhante, e vai haver outro treinador. Não sei dizer quem, mas tem de ser alguém disposto a estar por Múrcia, a viver aqui em Múrcia. E que o Carlitos lhe facilite tudo, torne tudo muito cómodo".
E explica a dificuldade em encontrar um técnico de topo. "Neste momento, os treinadores que estão mais próximos estão ocupados. Por exemplo, o David Ferrer, que está envolvido noutras coisas e fica relativamente perto. Por isso, tenho a certeza de que o Samuel não vai ser o treinador principal durante toda a época. Sem dúvida. Já há algo em andamento, que ainda não sabemos, mas certamente antes de o Juan Carlos sair já se falou com alguém".
