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Rui Águas antevê um Benfica mais confiante após goleada no Dragão

Rui Águas antevê um Benfica mais confiante após goleada no Dragão
Rui Águas antevê um Benfica mais confiante após goleada no DragãoProfimedia
O antigo futebolista do Benfica Rui Águas acredita que a “vitória clara” diante do FC Porto (4-1) acrescenta dinâmica e confiança ao clube da Luz para a reta final do campeonato, destacando o hat-trick de Pavlidis.

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“A reta final começou bem, este primeiro grande teste foi passado com mérito. O percurso até ao fim (do campeonato) não é nada fácil, mas esta vitória clara, não garante nada, como é evidente, mas acrescenta muita dinâmica, muita confiança ao Benfica para os confrontos que aí vêm”, afirmou Rui Águas, em declarações à agência Lusa.

No domingo, o Benfica venceu por 4-1 no Estádio do Dragão, com três golos do grego Vangelis Pavlidis, um resultado que, combinado com o empate do Sporting diante do SC Braga (1-1), na segunda-feira, deixou os encarnados isolados na liderança da Liga, a seis jornadas do fim da competição.

Com o segundo hat-trick da temporada, o avançado contratado ao AZ Alkmaar no início da temporada tornou-se mesmo o primeiro jogador de sempre do Benfica a rubricar essa proeza em visitas ao rival azul e branco, tendo entrado para um leque restrito de jogadores que já apontaram três golos diante do clube da cidade invicta.

Rui Águas conseguiu esse feito na época de 1986/1987, no Estádio da Luz, num triunfo por 3-1 que ainda hoje tem bem presente na memória, acreditando que também o ponta de lança grego não mais vai esquecer o duelo do último domingo.

“(Um hat-trick) É mais do que especial e mais do que difícil, quer seja em casa, quer seja fora. É tão especial que, ainda hoje, tenho muito presente aquilo que foi essa tarde, no meu caso, e acredito que o mesmo efeito tenha sobre o Pavlidis”, destacou.

Para o antigo jogador das águias e também dos dragões, conseguir um hat-trick depende de vários fatores, sendo crucial o desempenho da equipa em campo e o momento que atravessa, considerando que o FC Porto de então “era uma equipa mais afinada e com mais valores individuais”.

“Vem com o trabalho, vem com a sorte, a circunstância, o funcionamento da equipa, com os erros dos adversários, com uma série de coisas que podem influir no acertar ou no não acertar na baliza. A equipa estar bem, também, que foi o caso deste jogo entre o FC Porto e o Benfica”, afiançou.

Numa breve análise ao clássico, Rui Águas afirmou à Lusa que a vitória expressiva no Estádio do Dragão foi reflexo do bom desempenho da turma comandada por Bruno Lage.

“Marcar no primeiro minuto é uma coisa tão rara quanto importante, mas, se lembrarmos aquilo que se passou quer na primeira, quer na segunda parte, embora tenha sido de maneiras diferentes, (…) ganhou quem mais fez por isso, quem mais mereceu”, concluiu Águas, que envergou a camisola do Benfica durante sete temporadas (entre 1985 e 1988, e de 1990 a 1994), sendo que, pelo meio, representou os portistas em 1988/89 e 1989/90.

Pavlidis, por três vezes, e o argentino Otamendi marcaram os golos das águias no clássico da 28.ª jornada, tendo o espanhol Samu reduzido para os dragões.