"(O Académico de Viseu) é uma equipa que está há muito tempo sem conhecer o sabor da derrota e isso é sinónimo de qualidade naquilo que são as individualidades e também na dinâmica coletiva da equipa. Estão a passar um momento bom e em jogos a eliminar temos de ter cuidado e respeito pelo Académico de Viseu. É dessa forma que vamos assumindo a responsabilidade de sermos o FC Porto e de termos tudo a perder e nada a ganhar. Temos a ganhar a passagem à final, mas não podemos pensar na teoria. Temos de olhar individualmente para o Académico de Viseu e perceber quais são os comportamentos de jogo em que têm pontos fortes e bem trabalhados, e outros momentos onde têm algumas fragilidades, como acontece em todas as equipas do mundo".
Académico de Viseu: "É uma equipa interessante, com princípios muito interessantes no 4-3-3. É uma equipa que gosta de jogar a partir de trás. Tem um meio-campo rotativo, com alguma mobilidade. Jogam com os alas na largura, com as infiltrações dos médios-interiores, com um avançado muito móvel - neste caso o Clóvis - que joga bem apoio e faz ataques à profundidade muito interessantes. Os alas são muito fortes no um para um e os laterais percebem quando têm de ir por dentro e por fora. É uma equipa bem trabalhada e muito interessante com bola. Para sublinhar isso, fizeram golos em todos os jogos com o Jorge (Costa). É verdade que também sofrem golos. A linha defensiva protege-se atrás, usam um bloco baixo e os alas tentam acompanhar os laterais adversários. Nos esquemas táticos também são uma equipa muito interessante. Estamos a falar de uma equipa que pode claramente disputar a Primeira Liga e ficar na parte superior da tabela".

O que disse de diferente aos jogadores? "De diferente (não disse) nada. Os jogos para nós são todos iguais. Há um adversário e temos de fazer tudo para ganhar a esse adversário, independentemente das competições ou das equipas que defrontamos. Há sempre uma ambição e uma seriedade grande. Este jogo foi preparado exatamente da mesma forma que preparamos os jogos da Liga dos Campeões. Se correr mal alguma coisa não podemos recuperar e seremos eliminados. Sabendo dessa responsabilidade que temos como equipa, temos a convicção que vamos fazer tudo para estar sábado na final".
Objetivo para a final-four: "É um título que temos a ganhar e temos a possibilidade de conquistar mais um título para o FC Porto. A nossa gasolina é diária".
Treinou o penáltis? "Não treinei penáltis. Nas outras vezes treinei e perdemos".
Aprendizagem da equipa: "A aprendizagem e a evolução são diárias. Sei que em jogos a eliminar pode acontecer o que aconteceu na final com o SC Braga, em que sofremos um golo na última jogada do encontro. Estamos sempre a aprender em cada jogo e em cada momento".
Relação com Jorge Costa: "Vai ser um jogo entre o FC Porto e o Académico de Viseu. É só isso".
Zaidu: "Está bem, está a treinar normalmente. Está à espera da convocatória, de saber se vai jogar ou para o banco. Está disponível".
Gonçalo Borges: "É normal os jogadores que não são utilizados na equipa principal e não têm minutos irem para a equipa B. Eu e o (António) Folha estamos em comunicação. O Bernardo (Folha) também jogou e fez o golo do empate, o João Marcelo também jogou e também fez o gosto ao pé no Seixal. É melhor os jogadores terem minutos e jogarem numa Segunda Liga que é extremamente competitiva. Temos que articular a melhor forma para eles terem esse ritmo competitivo. O Gonçalo foi à equipa B porque estava sem jogar há algum tempo".
Alteração ao formato da Taça da Liga: "A Taça da Liga tem evoluído de ano para ano. Lembro-me perfeitamente do início e nessa altura até se metiam jogadores da equipa B e dos juniores. Hoje em dia isso não existe e toda a gente quer ganhar. O formato pode e vai evoluir. A seu tempo falaremos disso".