Como viu a final? Título inédito. Como se sente? "Ainda não fui ao balneário. Foi um jogo difícil. Entrámos bem na partida, a partir dos 15 minutos o Sporting esteve melhor, interpretámos mal as zonas de pressão e eles criaram algum perigo. Ajustámos ao intervalo, não chegaram com perigo à nossa baliza, fomos tendo mais cantos, superioridade sobre o Sporting e depois aconteceu a expulsão e o segundo golo. Vitória difícil, sobre um bom Sporting. mas justa. Hoje conseguimos ganhar este título, que é sempre um objetivo, pelo menos comigo."
O que ajustou ao intervalo? "A nossa primeira linha de pressão estava a sair fora de tempo. Havia um passe simples do Coates para o Porro, o Wendell disparava no Porro quando não o devia fazer. O que ajustámos foi do lado da bola acompanhar a ação do lateral do Sporting. Demos outra consistência ao corredor central e neutralizámos o ponto forte do Sporting, que são as laterais. O Sporting é forte na largura mas também a explorar a profundidade. É uma equipa extremamente bem treinada, com jogadores de qualidade. Tivemos de perceber o que tínhamos de fazer para estarmos felizes no fim e conquistar um título."
De que forma esta conquista pode catapultar a equipa para o resto da temporada? "É esse o desafio. Sempre que houve jogos positivos, em que criámos esse élan, fomos surpreendidos. Por isso o desafio é dar uma resposta diferente com o Marítimo do que aquela que demos no passado recente."
Houve mais fragilidades neste Sporting do que no passado? "O Sporting tem mais dificuldades sem espaço do que com espaço, digamos assim. Jogámos com menos 24 horas de descanso, era uma final, podíamos ser calculistas na primeira parte e explorar as fragilidades do Sporting na segunda. Se definíssemos de outra forma, com algumas saídas que tivemos para o ataque, podíamos ter criado mais perigo. Não criámos o que normalmente criamos mas, no geral, quando se ganha, é sempre positivo."