“Eu tenho uma doença que não é boa, falaram no cancro e é mesmo. Tenho de lutar da maneira que conseguir. Quanto tempo tenho de vida? Talvez um ano, no máximo. No pior dos casos é menos. Acho que os médicos não têm a certeza e não colocaram uma data. O melhor é não pensar nisso. Tens de enganar o cérebro, não posso ficar em casa sentado, miserável, a pensar que não tive sorte”, desabafou.
Atualmente com 75 anos, Sven-Göran Eriksson conta com uma longa carreira de treinador que arrancou em 1976 no Degerfors, da Suécia. Passou duas vezes por Portugal, comandando o Benfica (1982 a 1984 e 1989 a 1992), sendo que conquistou o campeonato em três ocasiões, juntando ainda uma Taça de Portugal e uma Supertaça.
Liderou ainda a Sampdoria, Lazio, Notts County, Leicester, Al-Nasr, Guangzhou City, Shanghai SIPG, numa carreira de treinador em que conta no palmarés com uma Taça das Taças (com a Lazio) e uma Taça UEFA (com o Gotemburgo).
Foi o selecionador de Inglaterra nos Mundiais de 2002 e 2006, bem como no Europeu de 2004, sendo que foi o priemiro estrangeiro a fazê-lo. Liderou a Costa do Marfim no Mundial-2010 e ainda comandou a Indonésia na Taça Asiática de 2019.
No ano passado afastou-se, em fevereiro do Karlstad, clube da terceira divisão da Suécia, onde exercia funções de diretor desportivo, para se concentrar na luta contra a doença.