A tetracampeã de torneios do Grand Slam, Sabalenka, vai defrontar o australiano, atualmente 672.º do ranking mundial, a 28 de dezembro.
"Não estou a colocar-me em risco algum", garantiu a bielorrussa de 27 anos à BBC.
"Vamos lá para nos divertirmos e proporcionar ténis de qualidade. Quem vencer, venceu. É evidente que, biologicamente, o homem é mais forte do que a mulher, mas não se trata disso. Este evento só vai contribuir para elevar ainda mais o ténis feminino", acrescentou.
Algumas vozes criticaram o evento, que faz lembrar o duelo original da Batalha dos Sexos de 1973, em que a pioneira Billie Jean King foi desafiada pelo antigo vencedor de Grand Slam, Bobby Riggs, então com 55 anos, que defendia que o ténis feminino era muito inferior ao masculino.
King venceu o encontro em Houston, que terá sido visto por cerca de 90 milhões de telespectadores.
Ao contrário de Riggs, Kyrgios continua a competir no circuito, embora em 2025 tenha disputado apenas cinco encontros profissionais devido às lesões que têm marcado a sua carreira.
"Não será um encontro fácil para o Nick", afirmou Sabalenka.
"Vou estar lá para competir e mostrar que as mulheres são fortes, poderosas e proporcionam grande espetáculo. Ele está numa situação em que só tem a perder. Eu, pelo contrário, só tenho a ganhar", defendeu a tenista.
Kyrgios, antigo 13.º do mundo, afirmou em setembro que as mulheres não conseguem responder aos serviços dos homens e que venceria Sabalenka sem precisar de dar o máximo.
No entanto, considerou que o encontro irá aumentar o respeito entre os circuitos masculino e feminino.
"Por isso, só posso esperar que eu e a Aryna joguemos o nosso melhor ténis e, no final, independentemente de quem vença, que o nosso aperto de mão simbolize a união entre homens e mulheres no mundo do ténis", afirmou.
