O antigo finalista de Wimbledon Kyrgios venceu a número um mundial Sabalenka por 6-3 e 6-3 numa Coca-Cola Arena completamente cheia, no domingo, apesar de várias alterações às regras introduzidas pelos organizadores para equilibrar o duelo.
Os críticos alertaram que o encontro, inspirado na ideia original de 1973, em que a pioneira do ténis feminino Billie Jean King derrotou o então ex-vencedor de Grand Slam Bobby Riggs, de 55 anos, poderia banalizar o ténis feminino.
King afirmou que o confronto de domingo não tinha o peso do seu próprio jogo, enquanto outros, como a antiga número um mundial de pares Rennae Stubbs, consideraram o evento uma manobra de promoção e uma forma de ganhar dinheiro.
"Sinceramente, não percebo como é que as pessoas conseguiram encontrar algo negativo neste evento," disse Sabalenka aos jornalistas: "Acho que, para a WTA, mostrei apenas que estava a jogar ténis de grande nível; foi um encontro divertido... não foi um 6-0, 6-0. Houve luta, foi interessante de ver e trouxe mais atenção ao ténis. Lendas estavam a assistir; pessoas bastante influentes enviaram-me mensagens, desejaram-me sorte e disseram-me que iam acompanhar de várias áreas da vida. A ideia é ajudar o nosso desporto a crescer e mostrar uma perspetiva diferente do ténis, provar que os eventos de ténis podem ser divertidos e que podemos torná-los quase tão grandes como os encontros de Grand Slam."
Kyrgios, que já foi 13.º do ranking mundial mas caiu para o 671.º devido a lesões que condicionaram a sua carreira nos últimos anos, destacou o quão competitiva Sabalenka foi frente a si.
"Deixem-me só recordar que sou um dos 16 jogadores que já venceram o 'Big Four' – Andy Murray, Novak Djokovic, Roger Federer e Rafa Nadal já perderam comigo," afirmou Kyrgios: "Ela acabou de provar que consegue entrar em campo e competir contra alguém que já derrotou os melhores de sempre. Só se pode tirar aspetos positivos disto. Todos os que criticaram assistiram. Isso é o mais curioso, porque este foi provavelmente o evento mais falado do desporto nos últimos seis meses, se olharmos para o número de interações nas redes sociais e nas notícias. Tenho a certeza de que, da próxima vez que o fizermos, se eu e ela participarmos, será um movimento cultural que acontecerá mais vezes, e penso que é um passo na direção certa."