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Ben Shelton quer mais em 2026 apesar de "ano excelente": "Não sou o jogador que quero ser"

Ben Shelton terminou o ano sem vitórias nas ATP Finals
Ben Shelton terminou o ano sem vitórias nas ATP FinalsGuglielmo Mangiapane / Reuters

A estreia de Ben Shelton no ATP Finals, em Turim, terminou com três derrotas em três jogos, após perder para Jannik Sinner esta sexta-feira. Apesar de ter ficado insatisfeito pela forma como saiu do torneio que encerra a temporada, o tenista norte-americano, número 5 do ranking ATP, garantiu que isso servirá de motivação para o próximo ano.

Recorde aqui as incidências do encontro

Shelton foi o único jogador a perder os três jogos da fase de grupos nesta edição da competição em Turim, com derrotas frente a Alexander Zverev e Felix Auger-Aliassime, que já tinham eliminado o norte-americano, antes da derrota por 6-3 e 7-6 frente a Sinner.

O tenista de 23 anos garantiu a qualificação para o torneio pela primeira vez, graças à sua melhor temporada até agora, tendo chegado a número cinco do ranking mundial, conquistado o seu primeiro título ATP 1000 e alcançado as meias-finais do Open da Austrália, onde foi derrotado por Sinner.

"É duro terminar a época assim, com 0-3 no ATP Finals. Para mim, foi claramente um ano excelente, com muitos aspetos positivos. O ténis está cheio de altos e baixos. Isto só me vai fazer trabalhar ainda mais na pré-época e deixar-me ainda mais motivado para 2026. Mas sim, custa, sem dúvida.", admitiu Shelton.

"Ainda não sou o jogador que quero ser. Nem perto. Há imensas coisas em que preciso de evoluir.", acrescentou.

Oito derrotas seguidas diante de Sinner

Shelton soma agora oito derrotas consecutivas frente a Sinner, tendo conseguido a sua única vitória sobre o italiano no primeiro duelo entre ambos. E já enfrentou o número dois mundial em piso rápido indoor, piso rápido outdoor e relva. A vitória de Sinner na sexta-feira ampliou a sua sequência de triunfos em piso rápido indoor para 29.

Shelton considera que o serviço do italiano nesta superfície é o que o torna praticamente imbatível neste momento.

"Diferentes aspetos do seu jogo destacam-se em diferentes superfícies. Acredito que na Austrália, a capacidade que tem para construir os pontos, para se mover pelo campo, as batidas do fundo do campo ganham importância. Aqui, nos courts indoor, acerta muitas vezes nas linhas com o serviço. Tem precisão absoluta. De um modo geral, é mais fácil servir em recintos fechados", sublinhou.

"O serviço dele torna-o realmente difícil de bater aqui. Obviamente, a capacidade de tirar tempo ao adversário e de fazer winners de vários pontos do campo, seja da linha de fundo ou de qualquer zona, é uma enorme vantagem. Diria que é difícil argumentar que o piso rápido indoor não é a sua melhor superfície", acrescenta.

Sinner defronta o australiano Alex de Minaur nas meias-finais este sábado, enquanto Carlos Alcaraz aguarda pelo vencedor do confronto entre Auger-Aliassime e Zverev, que jogam mais tarde na sexta-feira.