Roland Garros: Sabalenka reafirma ser contra a guerra na Ucrânia após tensão com Svitolina

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Roland Garros: Sabalenka reafirma ser contra a guerra na Ucrânia após tensão com Svitolina
Sabalenka aguarda a saudação da sua adversária, a ucraniana Svitolina, que não teve lugar.
Sabalenka aguarda a saudação da sua adversária, a ucraniana Svitolina, que não teve lugar.
AFP
"Não apoio a guerra, não apoio Lukashenko", declarou a tenista bielorrussa Aryna Sabalenka, segunda na hierarquia mundia, depois de passar às meias-finais de Roland Garros ao derrotar a ucraniana Elina Svitolina, que evitou cumprimentá-la.

A jogadora voltou a comparecer perante os meios de comunicação social para tentar encerrar a polémica que a acompanha desde o início de Roland Garros, quando foi questionada sobre as suas ligações com o presidente, Aleksandr Lukashenko, aliado da Rússia, e a sua posição sobre a guerra. Sabalenka sentiu-se intimidada pelas perguntas de um jornalista ucraniano e, segundo o torneio, não compareceu perante os jornalistas nas duas rondas que antecederam os quartosde final de terça-feira.

"Não apoio a guerra, não apoio Lukashenko", afirmou a jogadora. "Jogámos muitas Taças da Federação na Bielorrússia. Ele esteve nos nossos jogos e tirou fotografias connosco. Nessa altura, não havia nada de errado na Bielorrússia, na Ucrânia ou na Rússia", explicou.

A ucraniana Svitolina cumprimentou o árbitro de cadeira, mas não Sabalenka
AFP

"Não quero que o meu país se envolva em nenhum conflito. Já o disse muitas vezes. Conhecem a minha posição. Não quero que o desporto se envolva na política, porque sou apenas uma tenista de 25 ano", disse.

A tenista já tinha vencido Svitolina, ex-número três do mundo, que caiu para a 192.ª posição, por duplo 6-4, e vai disputar um lugar na final de Roland Garros contra a checa Karolina Muchova (43.ª), que derrotou a russa Anastasia Pavlyuchenkova (333.ª) em dois sets.

Tensão e vaias

Após a sua vitória na Philippe Chatrier, Sabalenka aproximou-se da rede, mas Svitolina foi directamente cumprimentar o árbitro de cadeira sem lhe apertar a mão, como tem feito durante todo o torneio contra jogadoras russas e bielorrussas. Com este gesto, a ucraniana recebeu vaias do público. Quando lhe perguntaram se Sabalenka tinha provocado a situação ao esperar por ela na rede, Svitolina disse: "Sim, penso que sim, infelizmente.

"Não sei o que esperava, porque fui clara quanto ao aperto de mão", acrescentou Svitolina, que tem tido o público francês no seu bolso até agora. Marta Kostyuk, da Ucrânia, também não apertou a mão de Sabalenka na primeira ronda e foi igualmente vaiada.

A ucraniana Svitolina, tal como a sua compatriota Kostyuk, não cumprimentou Sabalenka.
AFP

"Não vou vender o meu país às pessoas", disse Svitolina, que afirmou que ela e as suas compatriotas vão manter-se firmes durante a época de relva, que culmina no próximo mês em Wimbledon.

A ucraniana também considerou que Sabalenka deveria ser multada por não ter comparecido às conferências de imprensa obrigatórias após os seus jogos da terceira e quarta rondas.

A bielorrussa não compareceu por não se sentir "confiante", depois de ter recebido uma enxurrada de perguntas que a deixaram desconfortável. Em vez de falar com os jornalistas, a organização do torneio divulgou uma transcrição de várias perguntas e das suas respostas.