O 24 vezes vencedor de grandes torneios perdeu para o segundo cabeça de série, Alcaraz, por 6-4, 7-6 (4) e 6-2, nas meias-finais do US Open, na sexta-feira, marcando o primeiro ano desde 2017 em que não conseguiu chegar a uma final, o mais recente sinal de que os seus melhores dias ficaram para trás.
"Estou feliz com o meu nível de ténis, mas é apenas a questão física", disse Djokovic, que levantou o último dos seus quatro títulos do US Open há dois anos.
"Será muito difícil para mim, no futuro, ultrapassar o obstáculo de Sinner, Alcaraz, em jogos à melhor de cinco nos Grand Slams. Acho que tenho mais hipóteses em jogos à melhor de três, mas à melhor de cinco é difícil".
O confronto entre o sétimo cabeça de série e o espanhol 16 anos mais novo, na sexta-feira, foi anunciado como o bilhete mais cobiçado em Nova Iorque, onde o Estádio Arthur Ashe, repleto de celebridades, aplaudiu o sérvio duas décadas após a sua estreia no quadro principal de Flushing Meadows.
O sérvio teve uma atuação razoavelmente limpa, com alguns truques na rede e a sua criatividade característica, mas não conseguiu igualar a intensidade do seu adversário, produzindo cerca de metade dos winners de Alcaraz.
"Não vou desistir dos Grand Slams", disse Djokovic, que perdeu para Sinner nas meias-finais de Wimbledon e Roland Garros, depois de se ter retirado no seu confronto das meias-finais com Alexander Zverev no Open da Austrália deste ano.
"Vou continuar a lutar e a tentar chegar à final e lutar por outro troféu, pelo menos. Mas vai ser uma tarefa muito difícil".
A sua próxima paragem no ATP Tour será em Atenas e Djokovic disse que era muito cedo para dizer se irá jogar no Melbourne Park no próximo ano.
"Pelo menos nesta fase da minha carreira, quero dizer, não estou a pensar tão longe", disse aos jornalistas.
"Ainda quero disputar Grand Slams, uma temporada de Grand Slams, uma temporada completa de Grand Slams no próximo ano. Vamos ver se isso vai acontecer ou não".