O candidato da lista A, Miguel Azevedo, acusa o da lista B, Pedro Sousa, de orquestrar um plano de pressão política sobre os clubes.
“Nos últimos dias, assistimos a presidentes de câmara, vereadores, chefes de gabinete e assessores a tentar condicionar os nossos clubes, recorrendo ao pagamento de jantares e a promessas de apoios e benefícios futuros como moeda de troca para influenciar votos. Esta prática é inaceitável, fere gravemente os princípios da autonomia associativa e constitui um ataque direto à liberdade de decisão dos nossos clubes”, pode ler-se num comunicado da lista liderada por Miguel Azevedo, atual vice-presidente da associação minhota.
Segundo a mesma nota, “este plano de ingerência foi orquestrado por um deputado da Assembleia da República, presidente da concelhia do Partido Socialista de Braga, candidato a vereador na Câmara Municipal de Braga e candidato à AF Braga”, ou seja, por Pedro Sousa, acusa a lista A.
“A ingerência dos políticos neste processo configura um perigoso regresso ao passado, a uma época em que os decisores políticos controlavam as instituições desportivas, minando a sua independência e instrumentalizando-as para fins alheios ao desporto”, aponta.
A lista B respondeu também em comunicado, classificando o documento da lista oponente de “mentiroso, soez e inqualificável”, considerando que o conteúdo está “eivado de mentiras grosseiras, alucinações dignas de um filme de ficção científica, distópico, até, porquanto procura colar à lista B tudo aquilo que a lista A fez, diária e repetidamente, ao longo das últimas semanas”.
Para a lista liderada por Pedro Sousa, “este arrazoado de asneiras, diatribes e abusos é a prova mais que cabal de que os membros da lista A (…), perante a eminência de serem derrotados nas urnas, decidiram lançar mão de uma manobra de diversão, de contrainformação e difamação, com o único intuito de, em absoluto desespero, manchar a honorabilidade de pessoas e instituições”.
A candidatura de Pedro Sousa, que promete uma auditoria externa independente à associação em caso de vitória, reafirma “que sempre pautou a sua ação por absoluta transparência, seriedade e escrupuloso respeito pela autonomia do movimento associativo desportivo, colocando, em todos os momentos, o interesse dos clubes, dos atletas, treinadores e dos dirigentes acima de quaisquer contextos de ingerência partidária, manipulação ou desinformação”.
As eleições, agendadas para sexta-feira, vão marcar um novo ciclo na presidência da AF Braga depois de 14 anos com Manuel Machado, que suspendeu o mandato, que terminava em 2028, em junho deste ano.