Reveja aqui as principais incidências da partida
Na equipa do Estoril, os grandes destaques estavam na defesa. Expulsos em Chaves, numa ponta final que deve envergonhar o futebol português, Marcelo Carné e Pedro Álvaro estão a ser alvos de um processo disciplinar com caráter de urgência, o que levou a uma suspensão do castigo que teriam de cumprir. Assim sendo, Vasco Seabra utilizou os dois no onze.
No Famalicão, Aramando Evangelista fez três alterações. Mihaj, Óscar Aranda e Puma Rodríguez foram lançados para o onze, com Justin de Haas (castigado), Gustavo Sá (suspenso) e Sorriso a cederem os lugares.
Nervos
O estado de espírito dos dois conjuntos era distinto. Do alto dos seus 36 pontos, o Famalicão goza de uma tranquilidade que o Estoril inveja e isso notou-se durante o primeiro tempo.
A equipa da casa tentou sair jogar por diversas vezes, mas esbarrou quase sempre na oposição do Famalicão, com Topic e Youssouf e conseguirem recuperar muitas bolas em zona perigosa. Um desses momentos motivou mesmo o remate de Cádiz que obrigou Carné a uma defesa atenta, a única na primeira parte.
Com o avançar do tempo, o Estoril acabou por encontrar conforto no lado direito, por onde passou a privilegiar a saída de bola, potenciando as combinações entre Wagner Pina, Fabrício e Mateus Fernandes.
É assim que surge o primeiro golo da partida. Um momento de inspiração em 45 minutos onde a baliza foi pouco visada. Numa combinação pelo lado direito, Mateus Fernandes cruzou e Rodrigo Gomes (34 minutos) colocou a bola no fundo das redes com um belo remate.
Dois dos jovens que se destacaram esta época a renovar as esperanças do Estoril.
Cautelas
No segundo tempo aumentou a tensão. O Estoril compreendeu a importância dos três pontos que não eram ainda decisivos mas poderiam vir a ser e confrontou-se com o dilema que afeta as equipas neste momento: defender a vantagem ou procurar um novo golo para ficar mais tranquilo?
Nunca se sabe se é estratégico, se é mental, mas o Estoril optou pela primeira opção. A equipa teve mais medo de perder do que vontade de ganhar e permitiu ao Famalicão agigantar-se e montar cerco à área estorilista. E a resistência da equipa da casa quase que foi autossabotada.
Cádiz obrigou Marcelo Carné a uma enorme defesa após uma perda de bola incompreensível de Bernardo Vital. Minutos depois, a equipa do Estoril voltou a errar a saída de bola mas respirou de alívio quando Aranda errou o alvo.
O apito final de Manuel Mota foi um longo suspiro de alívio na Amoreira. O Estoril regressou aos triunfos depois de três jogos (dois empates e uma derrota) e passou a somar 33 pontos, ficando a cinco do Portimonense, em zona de play-off de manutenção. A permanência no primeiro escalão é quase certa.
O Famalicão está no oitavo posto, com 36 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Mateus Fernandes (Estoril)