Sem vencer desde novembro, Jorge Simão operou uma autêntica revolução no Santa Clara. Só Gabriel Batista, Ítalo, Misao e Gabriel Silva sobreviveram em relação ao onze que perdeu com o Arouca.
Já no Famalicão, João Pedro Sousa apostou exatamente nos mesmos jogadores que começaram a partida com o Gil Vicente, que o emblema famalicense perdeu.
Uma mão lava a outra
Mais tranquilo na tabela, o Famalicão entrou melhor na partida e foi sempre quem esteve mais perto de inaugurar o marcador, muito graças ao virtuosismo de Iván Jaime. Aos 12 minutos, o espanhol arrancou pela esquerda e cruzou rasteiro, mas ninguém conseguiu desviar à boca da baliza. Seis minutos depois, obrigou Gabriel Batista a uma defesa atenta na sequência de um livre.
Na única vez que se consegue aproximar da baliza adversária, o Santa Clara tem uma oportunidade de ouro para desfazer o nulo. Gabriel Silva disparou à entrada da área e a bola saiu pela linha de fundo, tocada pela mão de Francisco Moura. Alertado pelo VAR, André Narciso foi ver as imagens e assinalou penálti. E se de bola corrida não tinha conseguido concretizar, de bola parada Gabriel Silva não teve melhor sorte e viu Luiz Júnior agigantar-se e defender a grande penalidade.
Moralizados, os açorianos partiram para cima do Famalicão e celebraram o golo aos 37 minutos. Na sequência de um livre, Rildo cabeceou ao segundo poste e Ítalo colocou a bola no fundo das redes após defesa incompleta. Contudo, o lance foi anulado uma vez que o central açoriano utilizou o braço para marcar.
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À segunda foi de vez
Depois das ameaças na primeira parte, os golos chegaram na etapa complementar e por intermédio do inevitável Iván Jaime (48 minutos). O espanhol desviou ao segundo poste um toque de cabeça de Jhonder Cádiz que deixou a bola à mercê na pequena área.
Pressionados pela falta de resultados, os açorianos balancearam-se para a frente e depois de Rildo ter obrigado Luiz Júnior a outra grande defesa, o Santa Clara foi beneficiado com outra grande penalidade. Desta feita, Dobre cortou com a mão um cruzamento de Quintillá e André Narciso, novamente avisado pelo VAR, apontou para a marca de 11 metros, onde o capitão dos insulares não desperdiçou. Estava feito o empate aos 74 minutos
No seguimento dos festejos, instalou-se a confusão e os dois lados acabaram com jogadores expulsos. Ygor Nogueira viu o vermelho direto para o Santa Clara e Jhonder Cádiz recebeu a ordem de expulsão e deixou o Famalicão reduzido a 10.
A lei de Murphy
Em 1949, o engenheiro aeroespacial Edward Murpy cunhou uma expressão que viria a ser conhecida como a lei de Murphy: “Tudo o que pode acontecer de errado, vai acontecer e na pior altura possível”.
Palavras que se aplicam na perfeição ao que aconteceu ao Santa Clara nos últimos minutos do jogo. Aos 82 minutos, na sequência de um canto, Alexandre Penetra cabeceou ao poste e na sequência do lance, Paulo Eduardo, acabado de entrar, tirou a bola das mãos do próprio guarda-redes e colocou-a no fundo das redes.
Novamente em desvantagem, o Santa Clara ainda angariou forças para um assalto final que terminou aos 90+4 minutos, com Alexandre Penetra novamente a antecipar-se num canto, mas desta vez a não precisar de ajuda para fazer golo que esvaziou as bancadas de um estádio onde antes se vislumbravam lenços brancos para Jorge Simão.
Com este resultado, o Santa Clara encontra-se no 16.º lugar com 15 pontos, a sete do Estoril, primeira equipa acima da zona de despromoção. Já o Famalicão subiu ao 13.º posto, com 24 pontos e deu um importante passo rumo à manutenção
Homem do jogo Flashscore: Alexandre Penetra (Famalicão)
