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A tecnologia das bolas do Mundial: têm de ser carregadas na eletricidade antes de cada jogo

As novas Al Rihla, criadas pela Adidas, possuem um sensor com uma bateria integrada
As novas Al Rihla, criadas pela Adidas, possuem um sensor com uma bateria integradaAFP
As bolas criadas pela Adidas para o Campeonato do Mundo, denominadas da Al Rihla, têm um sensor no seu interior, que permitem que ela seja identificada dentro das quatro linhas em tempo real.

Por que são carregadas as bolas do Mundial?

Para o Campeonato do Mundo do Catar, foi apresentada uma nova tecnologia com o objetivo de tornar o futebol mais eficiente e as decisões da equipa de arbitragem mais corretas. Daí que a Adidas e a FIFA tenham apresentado a Al Rihla, a nova bola que possui um sensor, de 14 gramas, que permite seguir a bola em tempo real dentro do relvado e saber a sua localização exata em qualquer altura do jogo.

Al Rihla, ao serviço do VAR

A possibilidade de saber a localização exata da bola em qualquer momento é uma ferramenta útil para analisar golos, foras de jogo e outras situações durante a partida, tornando-se uma inovação fundamental para o VAR.

Antes dos jogos, contudo, os adeptos começaram a questionar-se porque razão as bolas tinham de ser carregadas na eletricidade antes de cada jogo. A explicação é simples: o sensor, dentro de cada bola, possui uma pequena bateria que tem uma duração de seis horas.

Como funciona o sensor?

O sensor dentro das bolas Al Rihla pesa 14 gramas e foi desenvolvido e fabricado pela Kinexon. Um dos co-fundadores da empresa, Maximilian Schmidt, explicou como funciona a tecnologia, sublinhando que cada vez que a bola é tocada, o sistema captura a informação a 50 frames por segundo.

"Os dados são enviados em tempo real desde o sentor até um sistema localizado, o que envolve a configuração de um sistema de antenas montado em torno do relvado que capta e armazena todos os dados para uso imediato", explicou Maximilian Schmidt.

"Quando a bola sai das quatro linhas e entra uma nova bola para a substituir, o sistema automaticamente muda a informação para a nova bola, sem a necessidade de intervenção humana", acrescentou o co-fundador da Kinexon.