Le Graet, que já havia negado as alegações de assédio sexual durante uma auditoria levada a cabo pela ministra do desporto de França, na semana passada, decidiu afastar-se da presidência da FFF depois de reunião e decisão do comité executivo do organismo, tendo Philippe Diallo, até aqui vice-presidente, assumido o comando da federação interinamente.
Questionado pela Reuters, o antigo dirigente não respondeu.
"Em resposta a um relatório da IGERS (Inspeção Geral da Educação, Desporto e Pesquisa), de 13 de janeiro de 2023, uma investigação foi aberta ontem com base em acusações de assédio moral e sexual", explicou o gabinete da procuradoria de Paris à agência de notícias.
Em setembro, a ministra do desporto de França ordenou uma auditoria à federação francesa de futebol, depois de esta ter anunciado que entraria com um processo por difamação contra a revista So Foot, que havia revelado o alegado assédio de Le Graet a várias colaboradoras do organismo.
O dirigente, de 81 anos, voltou a estar envolvido em polémica por criticar Zinédine Zidane, com palavras que mereceram a reação de várias figuras nacionais, entre as quais Kylian Mbappé, bem como por estender o contrato do selecionador Didier Deschamps até 2026, dois anos após o final do seu mandato enquanto presidente.