Mais

Administrador diz que "Benfica atingiu equilíbrio nas transações de jogadores"

Nuno Catarino, administrador do Benfica
Nuno Catarino, administrador do BenficaSL Benfica
O administrador financeiro da Benfica SAD, Nuno Catarino, destacou que o objetivo de equilibrar os montantes de compra e venda de futebolistas no último mercado de transferências foi alcançado, e que as águias não precisam vender em janeiro.

"O objetivo que tínhamos e mantivemos era fazer com que aquilo que realizámos em vendas teria que compensar o que realizámos em compras. E foi o que conseguimos fazer. Era o plano e é o que está executado", afirmou o responsável durante um encontro com jornalistas, na Luz.

Isto, no dia em que os encarnados apresentaram as contas do exercício de 2024/25, traduzidas num lucro de 34,4 milhões de euros (ME), dando conta que as transações feitas durante o mercado de verão, que se vão refletir no resultado a apurar no final da próxima temporada, resultaram num encaixe de 138,5 ME e num investimento de 138,2 ME.

"Temos um equilíbrio, que acaba por ser uma coincidência, se fosse mais ou menos um milhão (de euros) para cada lado acabaria por não fazer grande diferença", vincou Nuno Catarino.

O resultado bruto das alienações dos passes de Carreras (40 ME), Kökçü (28,5 ME), Florentino (23,5 ME), Aktürkoglu (18,3 ME), Arthur Cabral (10,3 ME), Gedson (8,9 ME), Tengstedt (5,7 ME), Diogo Nascimento (1,9 ME) e outros (1,2 ME) resultaram no encaixe de 138,488 ME.

Este valor pode ser engordado por mais 6,5 ME em objetivos estipulados nos negócios do extremo turco Aktürkoglu (2,5 ME), do avançado brasileiro Cabral (3 ME) e do atacante sueco Tengstedt (1 ME).

Já o valor fixo das aquisições ascendeu a 138,219 ME, aplicados em Richard Ríos (27,4 ME), Sudakov (27 ME), Ivanovic (23,8 ME), Lukébakio (20 ME), Barrenechea (15 ME), Dedic (10 ME), Dahl (9 ME), Obrador (5 ME) e Colleta (1 ME).

Quanto às variáveis potenciais, podem ascender a um total de 19 ME, com os 5 ME vinculados às contratações de Sudakov, Ivanovic e Lukébakio, por cabeça, e os 2 ME associados às compras de Dedic e de Dahl, em cada um dos contratos estabelecidos.

"A capacidade financeira existe e fomos casando as operações para chegar a uma situação que faria sentido no final. Este foi um mercado diferente de outros mercados. Foi um mercado um pouco aquecido", assinalou o administrador financeiro, apontando para o Mundial de Clubes que decorreu no verão e para o Mundial de seleções do próximo ano.

Segundo Nuno Catarino, a agressividade do Benfica no último mercado de transferências, que foi acompanhado pelo ritmo das vendas efetuadas, criou uma situação equilibrada até ao final da presente época, que afasta a necessidade de grandes negócios na próxima janela de transferências, em janeiro, protegendo o clube.

"Não temos preocupação de ter que vender jogadores por necessidade até ao verão do próximo ano. Isso está assegurado. Podemos até atuar no mercado em janeiro, mas não no lado vendedor. Temos essa capacidade, mas, neste momento, a perspetiva é que não será necessário", sublinhou.

Questionado sobre se houve alguma proposta choruda por algum jogador que tenha sido recusada, Nuno Catarino revelou que o Benfica recebeu uma abordagem que, caso se tivesse materializado, seria o maior negócio do mercado de verão das águias.

"Podíamos ter feito a maior venda deste mercado nos últimos dias do mercado", lançou, recusando-se a entrar em mais detalhes.

Entre vários assuntos abordados pelo responsável, nota para o plano que a administração da SAD pretende elaborar para avançar com um programa de compra de ações e obrigações próprias para aplicação de excessos de liquidez. O objetivo é recomprar até 10% das ações cotadas em bolsa num prazo de 18 meses.

Também a questão dos direitos televisivos e do fim do contrato com a Adidas (válido até ao final da presente época), que é a marca parceira dos equipamentos do Benfica há vários anos, estão a ser alvo de negociações por parte da administração da Benfica SAD, com Nuno Catarino a garantir que os novos acordos vão ser "muito mais vantajosos" para os encarnados.

O administrador deu ainda conta do lançamento do "Plano 500", com o qual é estipulado o objetivo de alcançar 500 milhões de euros por época em receitas num espaço temporal de cinco anos.