A decisão segue-se à receção de uma notificação formal por parte da RUSADA, que apresentou recurso quanto à alegação de falta de cumprimento, no âmbito “da legislação russa quanto ao desporto descoberta após uma auditoria em setembro de 2022”.
Esta matéria levou à suspensão da agência russa de 2020 até dezembro de 2022, sem que o estatuto revertesse, dado que estão ainda a decorrer duas investigações, de acordo com o conselheiro-geral da AMA, Ross Wenzel.
O caso foi apresentado ao TAS “no início da semana” e diz respeito à “manipulação de dados de forma massiva levados a cabo no laboratório de Moscovo em 2019”, que levaram à aplicação de mais de 220 sanções.
Os russos estão afastados do desporto ao mais alto nível devido a este caso e, mais tarde, à guerra na Ucrânia, o que também dificulta uma auditoria presencial, segundo a AMA.
Numa reunião daquele órgão em Montreal, Canadá, ficou ainda patente que a Rússia e a Bielorrússia não pretendem pagar a contribuição anual, por “não reconhecerem o mecanismo de distribuição a partir do Conselho da Europa, de que não fazem parte”, segundo o diretor-geral, Olivier Niggli.
Niggli explicou que esta “é um problema”, uma vez que os dois países combinam para uma verba próxima dos 1,2 milhões de euros, comparável à contribuição da França ou do Reino Unido.
A AMA manifestou-se ainda preocupada com os Jogos Mundiais da Amizade, que os russos querem organizar em 2024, em resposta às restrições que deverão ser impostas à participação de atletas do país nos Jogos Olímpicos Paris2024.