Recorde as incidências da partida
Está de regresso a prova rainha do futebol europeu, e que o digam Club Brugge e Benfica, duas das grandes sensações da prova até ao momento. O primeiro jogo de sempre entre as duas equipas acabaria, também, por ser histórico para os belgas: a equipa de Bruges estreou-se esta quarta-feira nos oitavos de final da Liga dos Campeões.
No que toca às equipas iniciais, muito se perspetivou e escreveu na antecâmara da partida e, apesar de estar de regresso à convocatória, Jutglà sentou-se no banco de suplentes, com Noa Lang a trazer mobilidade à frente de ataque dos belgas. No Benfica, os destaques foram os regressos à titularidade de Rafa Silva e Gonçalo Ramos, com Gonçalo Guedes e David Neres a transitarem para o banco de suplentes.

Entrada de rompante
O apito inicial do árbitro Davide Massa trouxe um Club Brugge bastante forte, destemido e sem dar espaço de manobra às águias, que sentiram muitas dificuldades durante os primeiros minutos. Ainda assim, a primeira ocasião até pertenceu às águias, com Gonçalo Ramos a cabecear à figura na sequência de um canto.
Responderam os belgas e em dose tripla. Aos cinco minutos, Buchanan apareceu com perigo a rematar, praticamente sem ângulo, contra Vlachodimos, que se opôs com uma grande mancha. Seguiu-se uma deambulação de Noa Lang da esquerda para o meio, mas na altura de rematar a bola saiu por cima. Por fim, aos 16 minutos, o neerlandês apareceu com perigo a finalizar uma jogada rapídissima dos blauw-zwart, com Grimaldo a cortar com o corpo.
1, 2, 3...
Os encarnados lá conseguiram impor o seu jogo e começaram a aproximar-se da baliza de Mignolet. Ao minuto 24, Mata colocou a bola nos pés de Rafa e o internacional português serviu Aursnes que, em posição perigosa, atirou muito ao lado. De seguida, Grimaldo arrancou pelo corredor esquerdo, ultrapassou Sowah, cruzou e, na tentativa de cortar, a defesa belga quase que colocou a bola na sua própria baliza.
Pouco depois, Rafa tirou um cruzamento da direita para o segundo poste, Otamendi ganhou nas alturas e colocou a bola no centro da área, onde apareceu António Silva a cabecear, sozinho e com tudo para fazer o golo, por cima. Em cima da meia-hora de jogo, bola parada bem trabalhada pelas águias, João Mário colocou a bola nas costas da defesa em Rafa, que conseguiu desviar, mas acertou em cheio no poste direito.
Já na parte final do primeiro tempo, Rafa arrancou pela zona central, deixou para Aursnes cruzar e, à entrada da pequena área, Gonçalo Ramos cabeceou por cima. O tricampeão belga respondeu através de um livre na direita, Odoi ainda colocou a bola no fundo da baliza portuguesa, mas o golo foi (bem!) anulado por fora de jogo.

Ramos desbloqueia
A abrir o segundo tempo, Grimaldo colocou a bola dentro da área na cobrança de um livre e Gonçalo Ramos apareceu a desviar com perigo, mas sem a direção da baliza. Aos 50 minutos, Hendry atingiu o ponta de lança encarnado dentro da área e o árbitro italiano assinalou grande penalidade. Na cobrança, João Mário ainda viu Mignolet tocar na bola, mas conseguiu abrir o marcador, marcando pela 17.ª vez esta temporada.
Com o golo inaugural, o Benfica entrou numa toada mais conservadora, segurando o resultado e controlando a posse de bola. As águias continuaram por cima, e já com Neres e Guedes em campo, continuaram a criar perigo e a ocupar o meio-campo ofensivo.
Jutglà saltou para o relvado aos 79 minutos, mas as gazelas não conseguiram voltar a chegar à baliza do guarda-redes grego. Quem aproveitou foi David Neres que, após um erro clamoroso de Meijer, atirou a contar perante a saída de Mignolet. Até final, o brasileiro ainda fez o bis, mas o golo foi anulado por fora de jogo.
Assim, a discussão desta eliminatória vai acontecer no Estádio da Luz, a 7 de março, com o Benfica em posição bastante privilegiada para seguir em frente.
Homem do jogo Flashscore: Noa Lang (Club Brugge)
