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Alpinista checa morre na "montanha assassina" do Paquistão

Cume do Nanga Parbat
Cume do Nanga ParbatMuhammed Semih Ugurlu / ANADOLU AGENCY / Anadolu Agency via AFP
Uma alpinista checa de 46 anos morreu na quinta-feira, na perigosa montanha paquistanesa de Nanga Parbat, o nono pico mais alto do mundo com 8.125 metros, informaram as autoridades paquistanesas esta sexta-feira.

Klara Kolouchova, a primeira mulher da República Checa a conquistar as duas montanhas mais altas do mundo, morreu depois de escorregar e cair numa ravina, disse Nizam-ud-Din, um alto funcionário local do distrito de Diamer.

O Nanga Parbat é um dos picos mais perigosos do mundo e uma em cada cinco tentativas de o escalar acaba em morte. De facto, este pico dos Himalaias ganhou a alcunha de "montanha assassina", depois de mais de 30 pessoas terem morrido ao tentar escalá-lo antes do primeiro sucesso, em 1953.

O Clube Alpino do Paquistão confirmou a morte da atleta checa.

"Ela era uma alpinista inspiradora e uma fonte de motivação para as mulheres alpinistas", disse o seu vice-presidente, Karrar Haidri.

Na sua última mensagem no Instagram, publicada a 14 de junho a partir de Islamabad, Kolouchova publicou imagens da sua tentativa falhada de escalar o Nanga Parbat em 2024.

"No ano passado, a montanha despojou-me do silêncio, da quietude, da minha alma. Desta vez, o nosso objetivo é mais alto. Desta vez, vamos chegar ao topo", escreveu.

Cinco das 14 montanhas de oito mil metros do planeta encontram-se no Paquistão, incluindo a segunda montanha mais alta, o K2.


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