“Neste caso, as não conformidades provêm de duas situações, nomeadamente uma revisão do programa antidoping da agência, no qual foram identificadas algumas não conformidades críticas na testagem, e um decreto governamental recentemente adotado, que não foi disponibilizado à AMA para análise antes de entrar em vigor e que não é compatível com o Código”, justifica o organismo, em comunicado.
O Código Mundial Antidopagem é a ‘constituição’ que rege as políticas desportivas na luta contra o uso de substâncias e práticas proibidas, à qual estão sujeitos todos os atletas e entidades desportivas.
A AMA esclarece que a CELAD, muitas vezes criticada pela sua ‘brandura’ na luta antidopagem, apresentou um plano para implementar as alterações necessárias em quatro meses, mais concretamente até 04 de abril de 2025, de modo a poder sair da ‘lista de vigilância’.
“Ao estar sob vigilância, se a CELAD fracassar na correção destas não conformidades neste período, a AMA enviar-lhe-á automaticamente uma notificação formal de não cumprimento, propondo consequências e condições de reintegração”, acrescenta ainda o organismo responsável pela luta antidopagem a nível mundial.
A agência espanhola é dirigida desde outubro pelo médico Carlos Peralta, nadador olímpico no Rio-2016, que substituiu Silvia Calzón, após esta ter abandonado o cargo que ocupou menos de oito meses para ir para o governo de Pedro Sánchez.