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O Benfica chegou ao dérbi pressionado, não só pela tabela classificativa, mas também por causa da derrota na jornada anterior, frente ao FC Porto. Com o Sporting em grande momento de forma, apesar da derrota frente ao Fuchse Berlim para a Liga dos Campeões (33-32), a equipa de Jota González sabia que ia ter tarefa exigente para tentar ser a primeira a travar o campeão nacional no campeonato.
Ainda invicto, o Sporting chegou com esse ímpeto ao Pavilhão da Luz. Apesar de estar com algumas cadeiras vazias, o público revelou-se uma parte decisiva da partida, empurrando o Benfica numa fase difícil para as águias.
É que o Sporting entrou com tudo e depois da igualdade inicial, Salvador Salvador e Martim Costa aproveitaram para deixar o líder com uma vantagem de quatro golos (2-6) que obrigou Jota González a pedir desconto de tempo.
O Benfica tardou a entrar em campo e prejudicou-se com lances que motivaram jogadas de inferioridade numérica e permitiram ao Sporting controlar a fase inicial da partida (7-13), mas a boa reação das águias foi evidente ainda no primeiro tempo. Ao intervalo, o Sporting liderava por apenas dois golos de diferença (14-16), contribuindo para isso as melhorias defensivas da equipa de Jota González, com o guarda-redes Palasics em evidência.
Na segunda parte, o Sporting voltou a entrar forte, aumentando a diferença para quatro golos, mas as melhorias do Benfica acabariam por ser traduzidas numa mudança na liderança do ritmo e do marcador.
Stiven Valencia criou dificuldades à defensiva leonina e o Benfica passou pela primeira vez para a frente do marcador (25-24) depois de um golo de Fábio Silva. A reação de Ricardo Costa foi imediata, mas o pedido de desconto de tempo não surtiu efeito.
O Sporting conseguiu manter-se por perto da equipa encarnada, mas na reta final foi Belone Moreira a aparecer para confirmar a boa segunda parte do Benfica, que acabou mesmo por ser a primeira equipa a pôr um travão no leão e voltou a vencer o Sporting para o campeonato mais de três anos e meio depois.