“Parece-nos um grupo muito equilibrado, com natural favoritismo do Montenegro, mas em que qualquer uma das outras equipas poderá aspirar à vitória nos jogos”, observou José António Silva, em declarações citadas pela Federação de Andebol de Portugal (FAP).
Inseridas no pote 3, as lusas terão como adversária mais cotada as montenegrinas, que arrebataram o Campeonato da Europa em 2012 e foram terceiras classificadas em 2022, num total de oito presenças seguidas como país independente em fases finais da prova.
“É a seleção com melhor palmarés e já a conhecemos bastante bem, porque estamos a preparar a eliminatória para o próximo Campeonato do Mundo. É uma equipa muito forte, com diversas jogadoras experientes, que se caracteriza por um andebol físico e que nos colocará certamente inúmeras dificuldades”, apontou, aludindo, desde já, aos dois duelos do play-off de acesso à principal competição planetária de seleções, em 09 e 12 de abril.
Montenegro foi oitavo e não passou da ronda principal no último Campeonato da Europa, em 2024, enquanto a Islândia fechou a sua terceira participação em 16.º e as Ilhas Faroé debutaram em 17.º, sendo ambos eliminados logo na fase preliminar, tal como Portugal, que procurará agora uma segunda qualificação consecutiva pela primeira vez na história.
José António Silva lembrou que as duas seleções escandinavas se conhecem bem, pois coincidiram no mesmo grupo de apuramento para o último Europeu, resultando em duas vitórias para a Islândia, “uma equipa com bastante qualidade e que Portugal pode bater”.
“Temos menos referências das Ilhas Faroé, mas, se atendermos aos resultados que têm vindo a fazer, percebe-se que é uma equipa perigosa e que certamente terá aspirações a bater todos os adversários. Se olharmos para os últimos jogos realizados, elas obtiveram resultados muito equilibrados frente a algumas das melhores equipas europeias”, vincou.
O sorteio distribuiu 24 seleções por seis grupos de quatro equipas cada, numa segunda fase de apuramento com duplos encontros agendados para os períodos de 15 a 19 de outubro de 2025, entre 04 e 08 de março de 2026 e de 08 a 12 de abril do próximo ano.
“Neste momento, já temos algum conhecimento dos oponentes, mas vamos aprofundá-lo no futuro, sem esquecer que o nosso foco continua a ser a evolução da nossa equipa e a melhoria da capacidade competitiva. Para que isso aconteça, é imperioso contar com a colaboração de jogadoras e clubes, que desempenham um papel determinante, já que o tempo de trabalho em contexto de seleção é muito curto”, enquadrou José António Silva.
Os dois primeiros classificados de cada poule e os quatro melhores terceiros acedem à 17.ª edição do Campeonato da Europa, que vai decorrer entre 03 e 20 de dezembro de 2026, sob coorganização de Polónia, Roménia, República Checa, Eslováquia e Turquia.
Além dos anfitriões, estão qualificados diretamente os três países medalhados no último Europeu, tal como a campeã Noruega, a vice Dinamarca e a Hungria, terceira colocada.
Em 2024, na primeira edição com 24 seleções, que se dispersou entre Áustria, Hungria e Suíça, Portugal foi afastado na ronda preliminar e finalizou no 22.º e antepenúltimo lugar, voltando à fase final pela primeira vez desde a 16.ª e última posição na estreia, em 2008
“Se continuarmos a evoluir, estou convicto de que estaremos no próximo Campeonato da Europa, o que é decisivo para continuar um trajeto que se pretende de aproximação às melhores seleções”, desejou José António Silva, à frente da equipa nacional desde 2021.