Mais

Mundial de Andebol: As declarações dos protagonistas após o Portugal-Brasil (30-26)

Martim Costa foi o melhor marcador de Portugal
Martim Costa foi o melhor marcador de PortugalSaša Pahič Szabó / kolektiff
Declarações no final do encontro Portugal-Brasil (30-26), da segunda jornada do Grupo E do Campeonato do Mundo de andebol, disputado em Oslo:

Paulo Pereira (selecionador de Portugal):

“Este grupo de jogadores vai aprendendo muito e a verdade é que há uns anos atrás tínhamos desistido deste jogo. Nunca desistimos e fomos sempre à procura de soluções.

Tem sido árduo por causa das alterações de última hora que temos feito. Estamos a jogar um pouco no escuro, à procura dessas soluções, mas este grupo de atletas tem essa vontade de fazer bem. E vou citar só um, o Salvador Salvador, que não atacou, só defendeu, que tem um coração enorme, uma alma gigante, e os outros vão atrás.

Temos um grupo de pessoas que tem conseguido, dentro do que é a dificuldade, encontrar soluções em conjunto e isso deixa-me muito orgulhoso.

Com a Noruega, e se queremos chegar aos quartos de final do Mundial, temos também de combater com eles e nunca deixar de lado a hipótese de que também podemos vencer aqui na Noruega”.

Gustavo Capdeville (guarda-redes de Portugal):

“Foi um jogo difícil. O Brasil vinha de uma grande vitória, estava com muita confiança, mas nós estávamos focados no nosso trabalho.

O Brasil entrou muito bem no jogo. Tivemos alguns erros, principalmente ofensivamente, o guarda-redes deles também esteve em bom nível, mas, na segunda parte, melhorámos a eficácia e conseguimos obter a vitória. 

Contra a Noruega é mais um grande jogo. Vai ser muito difícil. A Noruega é a organizadora, já sofreu uma derrota contra o Brasil, na primeira jornada, e vai querer mostrar a sua força, porque nós já temos duas vitórias”.

Martim Costa (jogador de Portugal, eleito o melhor em campo):

“A primeira parte foi dura. O Brasil entrou muito agressivo na defesa, tem um ‘muro’ autêntico no meio da defesa, o Edney Oliveira e o Thiagus Petrus são dos melhores defensores do mundo.

Na segunda parte, o jogo fluiu melhor para nós e também começámos a marcar golos. O guarda-redes na primeira parte fez a diferença, mas, na segunda, não lhes demos hipótese nenhuma.

Defendemos muito bem e, no ataque, as coisas fluíram. Quando a ‘estrelinha’ começa a cair também é difícil pararem-nos.

Estamos de parabéns e agora é descansar e preparar o jogo com a Noruega. Vai ser muito difícil, jogamos contra a equipa da casa, de enorme qualidade, mas vamos ganhar”.

António Areia (jogador de Portugal):

“O início foi muito difícil para nós. Dou mérito ao Brasil, pela forma como entraram na defesa e como controlaram o jogo na defesa. Ficámos sem soluções.

Sabíamos que era um jogo de muita luta, pois temos cá vários jogadores que jogam juntos e conhecemo-nos muito bem uns aos outros. No decorrer do jogo, conseguimos encontrar o nosso caminho, as soluções que queríamos para ultrapassar a defesa do Brasil.

Também falhámos muitos remates na primeira parte. O guarda-redes teve uma boa exibição. Conseguimos dar a volta a isso e subir o nível, que se traduziu numa grande vitória. É de louvar esta luta que este grupo de miúdos demonstrou”.

Reveja aqui as principais incidências da partida