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Mundial de Andebol: Carlos Martingo diz que Portugal joga olhos nos olhos com todos

Carlos Martingo, selecionador nacional sub-21
Carlos Martingo, selecionador nacional sub-21Federação de Andebol de Portugal
O selecionador português de andebol de sub-21, Carlos Martingo, afirmou esta sexta-feira que os lusos mostraram ser possível jogar “olhos nos olhos” contra qualquer adversário no Campeonato do Mundo, apesar do nível superior da Dinamarca.

Portugal falhou hoje a final do Mundial de andebol, ao perder diante da Dinamarca por 40-27, no segundo jogo das meias-finais da prova, disputado em Oslo, defrontando no domingo, na disputa do terceiro posto, a França, derrotada na terça-feira pela Croácia.

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Penso que hoje, efetivamente, a Dinamarca mostrou que está num nível superior a Portugal, embora na primeira parte tenhamos estado a um excelente nível. Penso que o fator físico foi acima, bem como o desempenho do Emil Nielsen. Mostrámos que nós podemos jogar olhos nos olhos contra qualquer seleção do mundo. O sentimento é de orgulho e satisfação pelo grande trabalho que realizaram até agora”, disse o treinador.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Martingo apontou agora que, no encontro que decide a medalha de bronze, frente à França, não existirão favoritismos, considerando que o vencedor será encontrado nos detalhes e sem dúvidas de que será um bom jogo.

Num jogo que decide uma medalha, é 50/50. A equipa que melhor recuperar, tanto mentalmente, como fisicamente, vai estar mais perto de ganhar. Todos querem muito trazer o ‘bronze’ e vai ser um jogo de extrema dificuldade. A França é de ‘top’ mundial, tal como Portugal. Decidir-se-á com certeza nos detalhes e vai ser mais um grande jogo de andebol”, frisou o técnico, que desempenha ainda o cargo de adjunto no FC Porto.

Face à evolução do andebol português nos últimos anos, a nível de seleções e clubes, Carlos Martingo assegurou que a geração que tem agora em mãos, nos sub-21, terá a capacidade de manter ou até elevar o nível, tendo as melhores expectativas de futuro.

Tenho quatro atletas desta geração que agora oriento presentes neste Mundial. Acho que ainda haverá mais três ou quatro que, a curto/médio prazo, poderão integrar esta seleção, mesmo sabendo da qualidade de quem lá está. O futuro só pode ser encarado de forma risonha e com bastantes expectativas. Conhecendo as próximas gerações, eu penso que o futuro está garantido, com a obtenção de grandes resultados”, expressou.

A seleção portuguesa, que marcou presença pela primeira vez nas meias-finais de um Mundial, chegou ao intervalo a perder 20-16, tendo a tricampeã mundial aumentado a diferença progressivamente na segunda parte, fechando com a vantagem de 13 golos.

No domingo, Portugal, que já garantiu a melhor classificação de sempre em Mundiais, vai discutir o bronze frente à França, antecedendo a final entre Dinamarca e Croácia.