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Mundial de Andebol: Declarações de Paulo Pereira e jogadores após o Portugal - Chile (46-28)

A festa lusa no Mundial
A festa lusa no MundialBeate Oma Dahle / NTB / AFP
Declarações proferidas no final do jogo de andebol entre as seleções de Portugal e Chile, em Oslo, que terminou com a vitória lusa (46-28) e o apuramento para os quartos de final do Mundial na primeira posição do Grupo III da main round:

Recorde aqui as incidências do encontro

Paulo Pereira (treinador de Portugal)

“O resultado acaba de ser um pouco secundário, porque o objetivo primordial era garantir o primeiro lugar do grupo para poder cruzar com a Alemanha e não com a Dinamarca. Embora se tivesse que ser com a Dinamarca teríamos também muito gosto. Seis jogos (cinco vitórias) um empate com a Suécia, estou muito satisfeito pelo trabalho que temos vindo a realizar.

É sempre difícil falar de nós próprios, parece que estamos a ser um pouco soberbos, mas a verdade é que, há umas semanas, ninguém pensaria que isso seria possível, eu incluído, embora sempre pensei que era possível chegar aos quartos.

Se chegaríamos em primeiro ou segundo, não sei, mas tínhamos como objetivo chegar aos quartos, e não tinha muitas dúvidas que era possível de atingir. Cá estamos e agora vamos para o segundo objetivo, que é as meias-finais, que é uma coisa brutal, mas vamos prosseguir esse objetivo com toda a nossa alma e dedicação.

Contra o Brasil comecei a sentir que as soluções que estávamos a encontrar poderiam ser para utilizar em toda a competição. Consolidámos essas soluções com a Noruega. Esta equipa é muito mais do que 17 atletas. A relação que existe entre nós potencia muito mais a energia que existe entre nós para depois debitar em campo. Tem muito a ver com isso. Tem a ver com o facto de termos atletas de altíssimo nível, em termos técnicos, táticos e individuais, mas também tem a ver com a relação que nós estamos a criar cada vez mais forte.

Venha quem vier, agora é a Alemanha. Vamos ver, vamos preparar muito bem este jogo, temos dois dias, e ai sim vamos ver como é que pode correr, porque o sonho fica de pé”.

António Areia (jogador de Portugal) 

“Temos os pés assentes na terra e com o sentido da responsabilidade da classificação que conseguimos até agora, do trabalho que fizemos até aqui, mas não queremos ficar por aqui. Os primeiros lugares na primeira fase e na main round foram, de facto, de louvar, mas com calma, porque se chegámos aqui, quer dizer que podemos chegar mais acima. E é nesse sentido que vamos trabalhar, descansar também, e defrontar a Alemanha com toda a ambição possível.

A vitoria com a Noruega foi muito importante, porque nos permitiu validar a nossa qualidade enquanto equipa. Porque se ganhámos à Noruega, podemos ganhar a qualquer um, e quando o grupo começa a pensar desta forma é difícil jogar contra nós.

Acreditámos sempre, lutámos sempre, com a mesma ambição de sempre e união que nos caracteriza e são estas características que nos vão levar ao jogo da Alemanha e esperamos ganhar”.

Francisco Costa (jogador de Portugal)

"O que nós fizemos na segunda parte é o que as grandes equipas fazem, defender bem e contra-atacar. Hoje fomos uma dessas equipas. Defendemos bem e atacámos bem e foi nas transições que os matámos.

Temos o exemplo da Dinamarca, que consegue descolar no marcador nas transições e com as defesas dos guarda-redes. Hoje isso aconteceu na segunda parte.

A cada jogo que passa estamos melhores, mais confiantes. São assim, as competições. Quando as coisas correm bem correm bem para toda a gente. Estamos num bom ritmo, mas também sabemos que agora vamos defrontar a Alemanha que é uma das melhores seleções do mundo, mas nós também somos. Vamos encarar esse jogo cara na cara e a pensar nas meias-finais”.