A favorita do grupo é a Alemanha, medalha de prata nos Jogos Olímpicos Paris2024 e quarta classificada no Euro2024, disputado em casa, mas as restantes duas vagas de acesso à fase principal terão, por certo, três candidatos envolvidos.
Desde que Alfred Gislason foi nomeado selecionador, em 2020, a Alemanha registou uma tendência ascendente, embora longe do título conquistado em 2007 e da prata em 2003, em Portugal, e na última edição, em 2023, terminou na 5.ª posição e na anterior, em 2021, na 12.º, após ter sido 4.ª em 2019.
Com uma defesa dinâmica liderada por Juri Knorr e Renars Uscins, e um dos melhores guarda-redes do mundo, Andreas Wolff, a Alemanha é uma das grandes candidatas ao pódio na presente edição do Mundial, em que o primeiro objetivo passa por somar três vitórias no Grupo A.
Frente aos três adversários, a Alemanha apresenta um saldo positivo, tendo vencido 11 dos 17 encontros disputados com a Polónia. No jogo mais recente, que teve lugar na ronda principal do Mundial de 2021, as seleções empataram a 23-23.
A história da Alemanha e da Polónia em fases finais de Mundiais estará sempre ligada à edição de 2007, que decorreu em solo germânico.
Após perder por 27-25 na fase preliminar, a Alemanha impôs-se à Polónia na final, que venceu por 29-24, com Torsten Jansen a marcar oito golos e Pascal Hens seis, e que lhe permitiu erguer o terceiro troféu (após 1938 e 1978 – enquanto Alemanha Ocidental).

A seleção orientada por Gislason também tem um saldo positivo frente à Suíça, em que venceu oito dos 10 jogos realizados entre ambos, e o seu histórico remonta aos Jogos Olímpicos de 1936 – na estreia do andebol -, quando a Alemanha venceu em casa por 16-6.
Mais recentemente, a Alemanha garantiu uma vitória por 27-14 na estreia do Euro2024, em janeiro do último ano, e um triunfo por 35:26, em novembro, na qualificação para o Euro2026.
A Alemanha e a República Checa defrontaram-se no Mundial de 2005, na Tunísia, quando a seleção germânica venceu por 39-34, no prolongamento, no jogo de qualificação para o 9.º e 10.º lugares. No geral, a Alemanha venceu cinco de oito jogos, o mais recente dos quais no Euro2020 (26-22).
A batalha pelas vagas na fase principal deverá estar aberta até à terceira e última jornada do Grupo A, já que as seleções da Polónia, República Checa e Suíça apresentam um nível competitivo muito próximo umas das outras nos últimos anos.
A Polónia, que conquistou três medalhas na principal competição mundial de andebol entre 2007 e 2015, tentará recuperar do último dececionante Mundial, em 2023, que coorganizou com a Suécia e no qual terminou na 15.ª posição.

Com uma mudança de gerações e um novo treinador no banco, Marcin Lijewski, que assumiu o cargo em 2023, a Polónia precisará de uma grande melhoria mas detém a vantagem no confronto direto tanto contra a Suíça como contra a República Checa.
A Polónia venceu dois dos quatro jogos contra a Suíça, mas o último encontro mútuo viu os helvéticos conquistar a sua primeira vitória no Euro2020, por 31-24, numa partida marcada pelos 15 golos do atual selecionador Andy Schmid.
A seleção polaca venceu também dois dos três jogos realizados contra a República Checa, conseguindo uma vitória por 33-30 na fase preliminar do Euro2008 e outra por 35-34 na ronda principal do Euro2010.
A República Checa, que regressa ao Campeonato do Mundo após uma ausência de 10 anos, selou a sua única vitória contra a Polónia na fase preliminar do Euro2002, por 25-24.
A falta de experiência da República Checa, que não passou da fase preliminar nos dois últimos europeus, pode ditar a diferença no grupo, apesar do experiente treinador espanhol Xavi Sabate estar empenhado em provocar um ou duas surpresas na competição.
O guarda-redes Tomas Mrkva, da formação germânica do THW Kiel, pode ter um papel decisivo para a republica Checa, que terá de vencer pelo menos um jogo e o seu único registo positivo no confronto direto é contra a Suíça, com duas vitórias, 30-26 e 29-25, nas eliminatórias do Euro2016.
A seleção suíça, que recebeu um wild card (convite) para participar nesta edição, aprsenta como melhor resultado num Mundial o sétimo lugar em 1995, a última edição em que participou antes do regresso em 2021, que terminou em 16.º.
Um lugar na fase principal é também o objetivo da Suíça, que agora tem Andy Schmid, o seu melhor marcador de sempre, como treinador, após se retirar em 2024, e que inclui jogadores como o central Manuel Zehnder e o guarda-redes Nikola Portner no seu plantel.