A França tem operado muitas mudanças nos últimos meses, desde a sua eliminação prematura nos Jogos Olímpicos Paris-2024, quando foi afastada pela Alemanha, nos quartos de final, com uma reação dos germânicos na parte final do encontro.
A potência europeia, que registou a reforma do histórico Nicola Karabatic, procura chegar à sua 13.ª medalha num Mundial, que conquistou por quatro vezes nas últimas oito edições (2017 em casa, 2015 no Qatar, 2011 na Suécia e 2019 na Croácia).
Sem Nikola Karabatic, que se retirou aos 40 anos, nem o guarda-redes Vincent Gerard, de 38, e o lateral esquerdo Timothey N'Guessan, de 32, que se despediram da seleção, a França entrou numa nova era após os Jogos Olímpicos Paris2024.
Apesar destas contingências, a França continua a ser a favorita não só no Grupo C, em que apresenta um confronto direto positivo com todos os três adversário, mas também à luta pelas medalhas no Mundial.
A seleção gaulesa, que venceu 121 jogos nos Mundiais e, nos últimos 14 anos, sofreu apenas sete derrotas, jogou apenas por três vezes com a Áustria, duas com o Catar e uma com o Kuwait.

A França defrontou a Áustria apenas uma vez na principal competição mundial, no Egito-2021, quando garantiu uma vitória clara por 35-28 na fase preliminar.
As outras duas vitórias da França aconteceram em fases preliminares de campeonatos da Europa, a primeira em 2018, com um triunfo por 33-26, e a segunda em 2024, por 33-28.
A França também venceu o Catar por duas vezes, a primeira na final do Mundial-2015 (25-22), que o país asiático organizou, e a segunda na fase preliminar dos Jogos Olímpicos Rio-2016 (35-20).
O Kuwait é o corpo estranho do grupo, uma vez que nunca enfrentou a Áustria e perdeu o seu único jogo contra a França, por uns esmagadores 30-14, na fase preliminar do Mundial de 2001.
Ainda assim, o Kuwait venceu quatro dos 11 jogos disputados contra o Catar nas competições continentais, no Campeonato Asiático e nos Jogos Asiáticos.

Sendo o Catar o líder da Federação Asiática de Andebol, vencendo a prova continental nas últimas seis edições, tentará na presente edição do Mundial melhorar o 22.º lugar registado em 2023.
Isto levou a duas mudanças de treinador, uma vez que o lendário espanhol Valero Rivera foi substituído pelo sérvio Goran Djokic, que, por sua vez, foi rendido pelo montenegrino Veselin Vujovic, que orienta o Qatar no Mundial.
Embora o Catar esteja entre os candidatos à fase principal – ao alcance dos três primeiros classificados de cada um dos grupos - terá certamente dificuldades frente à Áustria, que é uma seleção em ascensão na Europa e difícil de vencer.
No único encontro contra o Catar, a Áustria sofreu uma derrota por 29-27, nos oitavos de final do Mundial de 2015, sendo que vários jogadores importantes dessa seleção asiática ainda estão na equipa, mas já no final da carreira.